7 de dez. de 2008

O vendedor de cachorro-quente e a crise


Era uma vez um homem que vivia à beira de uma estrada, onde vendia cachorro-quente. 

Ele não ouvia bem, por isso não tinha rádio. Tinha problemas de visão, por isso não lia jornais. 
Mas ele vendia cachorro-quente. Colocava cartazes na estrada, fazendo propaganda da qualidade de seu produto. 

Ficava na beira da estrada e oferecia o seu produto em alta voz, e o povo comprava. Lentamente foi aumentando as vendas e cada vez mais aumentava a compra de salsicha e de pão. 
Comprou um fogão industrial para melhor atender os fregueses. O negócio prosperava: o homem conseguiu até mesmo enviar seu filho para estudar na capital. 

Certo dia, o filho, já formado, retornou para cuidar do pai e viu que as coisas não mudavam naquele lugar. Em casa, chegou logo dizendo ao pai: Você não ouve rádio! Nem lê jornais! Há uma crise no mundo. 

A situação na Europa é terrível e a do Brasil ainda pior. 
Tudo está indo para o vinagre. 
 O pai logo pôs-se a refletir: "Meu filho estudou, lê jornais, ouve rádio e só pode estar com a razão." Então resolveu reduzir as compras de salsicha e de pão. 
Tirou os cartazes de propaganda e já não anunciava tão alto seu cachorro-quente, abatido que estava pela notícia da crise. 
As vendas foram caindo, caindo, caindo... 
 Então o pai finalmente disse ao filho: - Você estava certo, meu filho. Nós certamente estamos vivendo uma grande crise
Desconheço o autor

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