28 de jun. de 2007

Historia do amor...


É certo que a ideologia moral expressa pelos estóicos "os que crêem que a felicidade está na virtude", durante os primeiros séculos de nossa era, antes da expansão do cristianismo, favorecia a procriação, a propagação da espécie, como fim e justificativa do casamento.
Muito amor, no entender de Jerônimo, confessor e doutor da Igreja, era justamente o amor sem reservas ou limites. E muito amor era ruim. Esse era um tipo de amor nefasto, pois equivalente à paixão dos amantes fora do casamento.
Um homem sábio devia amar sua mulher com discernimento e não com paixão.
E, por conseqüência, controlar seu desejo e não se deixar levar pelo prazer do sexo. “Nada é mais impuro do que amar sua mulher como a uma amante. Que eles se apresentem às suas mulheres como maridos e não, amantes.” O tom de Jerônimo, como vê o leitor, é o de um mandamento.
A velha e banal fórmula do “amor contido” no casamento e do “amor paixão” fora do casamento, de início concebida pelo estoicismo, não como uma prática, mas como a regra de um código moral, era aí aproveitada.
Mary Del Priori
picture by Fernando Vignoli

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...