Assim pois, para mim, deve ser o historiador: sem medo, insubornável, livre e amigo da franqueza e da verdade: como diz o poeta cômico, alguém que chame figos de figos e a gamela de gamela;
Alguém que não admita nem omita nada por ódio ou por amizade;
Que a ninguém poupe, nem respeite, nem humilhe; que seja juiz equânime, benevolente com todos até o ponto de não dar a um mais do que o devido;
Estrangeiro nos livros, sem cidade, autônomo, sem rei, não se preocupando com o que achará este ou aquele, mas dizendo o que se passou.
Luciano de Samósata
Picture by Joadoor
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