
A vítima sofre (todo mundo sofre) e aproveita das suas dores para fazer os outros sofrerem. Nessa postura, a pessoa não está interessada em resolver seus próprios problemas, mas, ao contrário, em perpetuá-los para fazer deles moeda de troca.
É como alguém que cultivasse uma ferida na perna para pedir esmola. Confundindo amor com proteção. Ela banca a desprotegida. Por isso, a insistência em colocar no mundo exterior, a responsabilidade pelas suas agruras: “ninguém cuida de mim”, “ninguém me dá valor”, “o mundo é mal”, “não tenho sorte”. E como lidar com pessoas assim? Não embarcando no seu jogo.
Quando alguém estabelece esse jogo da infelicidade, está nos convidando para a posição de protetor, de salvador, de orientador.
E para tanto tenta nos provocar pena e culpa. Se cairmos na armadilha, além de reforçar o comportamento manipulador da vítima, nós nos paralisamos, entramos em depressão e entregamos nossa vida ao outro.
Devemos cuidar da nossa própria alegria: sair, passear, namorar, frequentar lugares com os amigos, etc, ao invés de entrar para o mundo sombrio das queixas e reclamações da mãe. Todo cuidado é pouco com o poder dos fracos, dos pobres coitados.
Antônio Roberto (com alterações)
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