9 de dez. de 2007

Ter paz


A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que sonhei um dia...

Quando se é jovem e imatura, imaginamos que a paz é fazer tudo o que quer, repousar, ficar em silencio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.

Todavia o tempo vai nos mostrando que a paz é o entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.

A paz esta no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...

Ter paz é ter a consciência tranqüila, é ter certeza de que se fez o melhor, ou pelo menos, tentou...

Ter paz é assumir responsabilidades e cumprí-las; é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.

Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e ter boca que diz palavras que constroem. Ter paz é ter um coração que ama...

Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrarias, e esquecer as ofensas.

Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer sim, quando se quer dizer não...

Ter paz é ter coragem de chorar, quando se tem vontade...

É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...

Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer medos, fraquezas, carências...

A paz que trago hoje em meu peito é aceitar com tranqüilidade os outros como são e a disposição para mudar as próprias imperfeições.

É a humildade de reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos...

É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.

A paz que trago hoje é a confiança naquele que criou e governa o mundo.

A certeza na vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que ela tiver oferecido.

As vezes para manter a paz que hoje mora em meu peito, é preciso usar um poderoso aliado que se chama silêncio.
Picture by Al Feldstein

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