8 de set. de 2008

Só quando dói demais

Um amigo me contou uma história bastante interessante:
“Certo dia, passando por uma praça, o jovem Daniel viu um mendigo deitado sobre um banco de jardim. Como o homem gemia muito, o garoto ficou preocupado e se aproximou, perguntando ao infeliz:
- Desculpe-me, senhor, mas há algo errado? Posso ajudá-lo de alguma forma? E o homem respondeu: - É que tem um prego aqui no banco do jardim, e eu estou deitado bem em cima dele. - Mas, então, por que é que o senhor não se levanta? - Porque não está doendo o suficiente - respondeu o mendigo.”
Isso me fez pensar que essa é a condição em que a maioria das pessoas vive: a posição em que se encontram na vida é incômoda, mas não fazem nada quanto a isso, porque a dor ainda não é o suficiente para fazê-las se moverem.
Afinal, mudar dá trabalho e, em geral, envolve alguma dor. E, como diz Roberto Shinyashiki, “A gente só muda quando a dor de permanecer na situação em que se está é maior do que a própria dor de mudar.”
No mundo todo existem muitas pessoas que estão sentadas sobre pregos, sentindo dores, mas não fazem nada para mudar isso. Dessa maneira, as pessoas vão levando a vida no comodismo, no marasmo, deixando de viver verdadeiramente tudo o que a vida lhes oferece de bom. É claro que esse não é o seu caso, não é mesmo? Mas, será que você conhece alguém assim? Pense sobre isso!
Gilberto Cabeggi
Picture by Paul Cézanne

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