Todo relacionamento é uma construção. Principalmente os relacionamentos chamados afetivo-sexuais, como o namoro e o casamento.
A idéia muito difundida que o encontro amoroso é o encontro de duas pessoas prontas, que se encaixam, que foram feitas uma para a outra e que isso é o que fará um namoro dar certo é falsa.
Quando duas pessoas resolvem namorar, com a perspectiva de ficar juntas e provavelmente casar, elas têm de palmilhar um longo caminho de adaptação.
Cada um tem uma personalidade, uma história, um modo de ver o mundo e um jeito de se relacionar. As diferenças devem ser discutidas e o enriquecimento do namoro se dará pela capacidade de combinarem de que maneira conviverão com essas diferenças.
Tudo pode e deve ser combinado. É importante refletir sobre a reclamação da namorada. É verdade que o leitor acima está mais distante e menos carinhoso? Se for verdade, é hora de tentar encontrar as causas. Cultivar o afeto e o cuidado com o outro é fundamental. Os relacionamentos, em geral, esfriam com o passar do tempo, não por causa da rotina como muitos acreditam, mas por causa da própria relação.
Relacionamentos marcados por brigas contínuas, pelo ciúme, pela competição tendem a distanciar os parceiros.Descobrir se esse é o caso da perda paulatina do “tesão” pode oferecer um caminho de reconstrução do relacionamento. Em vez de fazer esforço falsamente, para se tornar mais carinhoso, o importante é fazer esforço para aumentar a qualidade da relação. Sexo, afeto, carinho são conseqüências de relacionamentos folgados, alegres, brincalhões. Aumentar a alegria na relação e diminuir o medo e a tristeza é o caminho.
Antônio Roberto
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