20 de nov. de 2008

Humano, demasiadamente humano

Algumas pessoas nos trazem o sol e o céu azul. Há um brilho nas folhas que se ressalta, e os sons na natureza fazem coro com a alegria – é uma profusão de zumbidos, arrulhos, e no ar se cheira o aroma bom da tranqüilidade. Outras pessoas chegam e descolorem a princípio um pouco o dia. É algo sutil, imperceptível. Às vezes, porém insidioso.
De início as plantas se ofuscam; não se sabe o que foi feito de seu brilho.
O som da natureza agora é só o barulho do vento, o sol se esfria. Há algo de estranheza. Que mistério é esse que uma presença física estenda seus limites e deforme o entorno.
Alguns viventes talvez mais advertidos ou familiarizados com o escuro do humano pressentem e sabem.
“Aqui passou um ser assim.” Nem sempre é possível se resguardar desse encontro. É assim. A vida é assim. Mas, é assim também, o que faz a alegria do bom encontro ainda maior. O amor sabe escolher seus parceiros e quando fica sábio desarmar as ciladas, resolutamente.
Helena Maria Galvão Albino

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu tenho orgulho demais de ter essa mulher como madrinha.....
Escreve bem demais.

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