A terapia familiar pode ajudar as pessoas com depressão severa a se recuperar mais rápido, é o que diz um estudo feito por psicólogos britânicos e publicado na revista Psychotherapy and Psychosomatics. Participaram da pesquisa 83 pacientes hospitalizados, todos tratados com medicamentos e terapia. Em um subgrupo de 25 pessoas, a família – pai, mãe e/ou cônjuge – passou por atendimento psicológico individual. Em outro, com 35 pacientes, as sessões de terapia foram realizadas em grupo (com membros de outras famílias). No terceiro grupo (23 pacientes), a família não recebeu qualquer tipo de atendimento. Os pesquisadores avaliaram o estado dos pacientes em duas ocasiões: depois de três e de 15 meses do início do tratamento, quando todos já haviam retornado para suas casas.
Os resultados mostraram que os pacientes cujas famílias passaram por intervenção psicológica responderam melhor ao tratamento, com resultados mais significativos no caso da terapia familiar em grupo. Depois de 15 meses, 26% não precisavam mais tomar antidepressivos, contra 16% daqueles em que a terapia familiar foi individualizada. Já no grupo-controle, nenhum paciente teve alta da prescrição de medicamentos após o mesmo período.
Segundo os autores, a eficácia da terapia familiar está associada a uma alteração da percepção das pessoas que convivem com o paciente, que se tornam mais sensíveis à melhora de suas condições emocionais, o que acaba por criar um círculo virtuoso que acelera sua recuperação. O fato de o atendimento em grupo ter gerado um resultado mais expressivo poderia ser explicado pela oportunidade de os membros da família poderem compartilhar e contrastar suas experiências com as de outras famílias, sugerem os pesquisadores.
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