4 de dez. de 2010

O Sal e a Luz

“VÓS SOIS O SAL DA TERRA; E SE O SAL FOR INSÍPIDO, COM QUE SE HÁ DE SALGAR? PARA NADA MAIS PRESTA SENÃO PARA SE LANÇAR FORA, E SER PISADO PELOS HOMENS.”
MATEUS 5:13 O sal é um mineral precioso, formado por minúsculos cristais, difusamente espalhado no globo. Basicamente existem dois tipos de sal e um deles é o sal marinho, que é extraído através da evaporação da água do mar. Há formidável quantidade que dele se encontra diluída na massa enorme de água que se compõem diversos lagos e todos os mares do planeta. Também o vemos em abundância nas camadas secas cristalizadas em algumas regiões, que é o sal da rocha, conhecido por sal-gema, retirado de minas subterrâneas resultantes de mares e lagos antigos que secaram. Em seu estado puro, e mais popularmente conhecido, consiste de cloreto de sódio e é vulgarmente chamado de sal comum ou sal de cozinha, de mesa ou refinado, por ser largamente utilizado na alimentação humana. Em alguns casos são adicionados a ele substâncias ou temperos para o seu uso culinário, e do total de sal extraído no mundo somente cerca de 5% (cinco) é destinado ao consumo humano. O valor do sal é tão concentrado que basta uma ingestão diária de uma colher de chá, ou seja, 2.4 gramas, e alguns estudos indicam uma quantidade ainda menor. Poucos conhecem o real valor do sal, o que acaba por tirar a importância do ensino de Jesus quando ele o compara com o seguidor do evangelho. Porque quando o senhor lançou significativa comparação (“vós sois o sal da terra”) a importância desse produto, no contexto daquela época, extrapolava muitíssimo a idéia de valores que temos hoje do sal. Ele era um produto muito mais imprescindível à sobrevivência humana que hoje, e essencial a todos os tipos de vida animal. Assim, “vós sois o sal da terra” é singular analogia, motivo pelo qual precisamos considerar certas qualidades ou propriedades características desse mineral. E mais, entender qual a relação entre ele e os discípulos de Jesus, o que o mestre pretendia realmente dizer com essas palavras. Durante longo tempo o sal foi considerado muito precioso para a preservação dos alimentos, chegando a ser chamado de ouro branco. Era usado pelos gregos e romanos como moeda em suas relações de compra e venda, tanto que a palavra salário deriva-se de sal, pois parte dos vencimentos das legiões romanas era paga com sal, depois incorporada ao soldo. Ainda hoje, um dos principais acessos a Roma, então capital do Império, chama-se Via Salaria, por onde caravanas transportavam a riqueza para os romanos.
Foi também considerado artigo de luxo e só os mais ricos tinham acesso a ele. Na Idade Média era transportado por estradas construídas especialmente para esse fim, e na mesma época os europeus fizeram fortunas com o sal como tempero. Para se ter uma idéia, até o século XVIII a ordem de assento de nobres em mesa de banquete era indicada pela posição de saleiro de prata maciça colocado na mesa, e os menos ilustres ficavam abaixo do sal, mais distantes do anfitrião. Mesmo no fim do século XIX e começo do século XX, além de usado como condimento e produto medicinal passou a ser matéria-prima essencial para a indústria química e têxtil. No âmbito das religiões se inclui também o sal para purificar coisas, no xintoísmo, enquanto budistas o usam para afastar o mal. A influência que o sal exerce em nosso organismo, para lhe manter o equilíbrio fisiológico, é muito grande, dependendo de seu indispensável concurso a manutenção de nosso bem-estar físico. Afinal de contas, nosso mecanismo fisiológico se constitui de aproximadamente 60% (sessenta) de água salgada, cuja composição é quase idêntica à do mar, constante de sais de sódio, cálcio e potássio. Encontra-se na esfera da atividade fisiológica do homem reencarnado o sabor do sal no sangue, no suor, nas lágrimas e nas excreções. Assim, enquanto nos movimentamos na esfera de carne somos como criaturas marinhas respirando em terra firme, e corpúsculos aclimatados dos mares mais quentes viveriam à vontade no líquido orgânico. No processo de alimentação não podemos prescindir do sal. Na área medicinal ele pode ser usado para amenizar dores, estimular a circulação, aumentar a pressão arterial, combater inflamações e inchaços. O sal se dissolve com facilidade, é solúvel em água. E conduz eletricidade, pois se dissociam nos seus íons constituintes passando estes a funcionar como eletrólitos. O sódio e o cloro no sal são eletrólitos (minerais que conduzem eletricidade em nossos fluidos e tecidos) e outros eletrólitos principais são o potássio, o cálcio e o magnésio.
O sal é responsável pela troca de água das células com o seu meio externo, ajudando-as a absorver nutrientes e eliminar resíduos, é responsável no processo de contração muscular e, ainda, o homem precisa de sal para o crescimento e equilíbrio dos eletrólitos. Os nossos rins controlam a quantidade de eletrólitos e água, regulando os fluidos que ingerimos e expelimos de nosso corpo.
Se essa quantidade estiver alterada, nossos músculos, nervos e órgãos não irão funcionar corretamente porque as células não conseguem gerar contrações musculares e impulsos nervosos. A baixa quantidade de sal (hiponatremia) é um dos distúrbios de eletrólitos mais comuns e pode causar inchaço cerebral e morte. E com muita quantidade de sal no corpo (hipernatromia) os rins não conseguem eliminar e o volume de sangue pode aumentar, porque o sódio retém água, e por sua vez pode fazer o coração bater mais forte. No próximo tópico abordaremos os aspectos e características do sal que efetivamente nos interessam no âmbito do evangelho e nas relações da nossa própria vida
Marco Antônio Galvão
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