I
Acorda em mim uma criança, deslumbrada e breve, as
pernas sedentas de reflexos puros, simples como um
gesto, um furto. Diz-lhe que nasceu para o amor. Que
o rosto se pode abrir como uma nuvem e em silêncio
penetrar nos espaços, com uma pomba ou um sorriso.
Acorda em mim uma criança, deslumbrada e breve, as
pernas sedentas de reflexos puros, simples como um
gesto, um furto. Diz-lhe que nasceu para o amor. Que
o rosto se pode abrir como uma nuvem e em silêncio
penetrar nos espaços, com uma pomba ou um sorriso.
II
Ensina-me o sono dos teus seios, a inquietude das
tuas costas. Ensina-me as manhãs e a água ensina-me a
luz que para além das coisas, numa finíssima poalha
tomba na verniz da mesa. Ensina-me o verde e o azul
a penumbra.
Ensina-me o sono dos teus seios, a inquietude das
tuas costas. Ensina-me as manhãs e a água ensina-me a
luz que para além das coisas, numa finíssima poalha
tomba na verniz da mesa. Ensina-me o verde e o azul
a penumbra.
III
Habita-me de imagens e emoções. Ensina-me os sítios,
as palavras, as sílabas mais dolorosas. Acorda em
mim o teu corpo, um cristal perfeito de poesia.
Sérgio Paulo Rodrigues
Habita-me de imagens e emoções. Ensina-me os sítios,
as palavras, as sílabas mais dolorosas. Acorda em
mim o teu corpo, um cristal perfeito de poesia.
Sérgio Paulo Rodrigues
picture David Hockney
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