13 de mar. de 2008

Carências afetivas


Muito tenho lido, ouvido e comentado acerca das famosas carências afetivas e gostaria de dividir com vocês algumas reflexões sobre o assunto.
Quando se manifestam estas carências? no carinho que não nos deram, na falta da compreensão das nossas necessidades, do apoio que não nos foi dado, da atenção que nos é negada?
Ou seja, nos sentimos carentes quando depositamos nossas expectativas, anseios e desejos em uma felicidade distante de nós, damos a Deus, religião, pessoas, a responsabilidade de nos fazer felizes, porque nos sentimos incapazes de conseguir com o próprio empenho. O que fazemos então? corremos atrás de um substituto para que nos supra aquilo que outra pessoa nos negou.

É um círculo vicioso, uma eterna procura. Carência, ao contrário, deveria funcionar para nós como um alerta de que aquele setor precisa mais da nossa atenção, que precisamos de Auto-Amor. Nesta visão, ela deixa de ser algo que falta em nós por culpa de alguém e passa a ser algo que se manifesta em nós quando estamos precisando nos cuidar mais. De que maneira lidar deter ou incentivar o auto-amor? Estou convencida da eficácia de algumas mudanças internas:

1) Deixar de lado a visão separatista, ou seja, parar de nos dar várias classificações como: sou orgulhosa, sou vaidosa, sou ciumenta, sou egoísta... nossa tendência de nos apegar excessivamente a coisas e pessoas vem porque nos separamos do nosso eu divino, gerando insegurança e um constante medo da perda daquilo que depositamos nossa segurança.

2) Nos encarar como Seres Divinos, com conquistas a realizar, é verdade, mas filhos gerados pelo grande amor de nosso Pai - Deus.

3) Praticar o bem. Quanto mais descobrimos que dentro de cada um de nós existe uma enorme capacidade de doar amor, nos sentimos mais fortes e capazes de lidar com nossas próprias limitações.Temos sempre duas opções diante das carências: Ou somos médicos de nossas dores ou seremos eternas vítimas delas. Descobrir o potencial de amor e auto-amor que existe dentro de nós mesmos, nos faz optar e responsabilizar pela nossa felicidade.

Deste modo passaremos a cultivar o amor dentro de nós mesmos, pelos outros e por nós mesmos sem a preocuoação e sem culpa, sem cobranças ou patrulhamento. Não mais para agradar aos outros, para dar satisfação a sociedade ou para ter a aprovação de Deus (Este nos ama em qualquer situação), mas pelo prazer que amor nos traz. Deixemos que os sentimentos imaturos venham, ouçamos nossas carências, precisamos nos aceitar e conhecer para identificar quem nós somos, mas com Auto-Amor, curaremos a nós mesmos e supriremos aquilo que nos falta. Me despeço de vocês com o famoso cumprimento do Nepal - Namastê - ou seja, O Deus que habita em mim cumprimenta o Deus que habita em você.
Lucilene Barbalho
Picture by Claude Monet

3 comentários:

Tathi J. disse...

Adoro os textos da Lucilene Barbalho!

São textos sempre interessantes, inteligentes, que me fazem refletir sobre muitas coisas da minha vida.

O blog todo é excelente, Leonardo!
Depois que o encontrei, sempre passo por aqui...
Adoro... Hehehe!

Lene disse...

Obrigada tathi, fico feliz que goste.
Um abraço

teresa disse...

Tudo q me acontece é um reflexo do meu interior. Demorou, mas hoje eu me conheço um pouco mais e melhor Carencias ainda tenho, claro , mas lido melhor com elas!
Bjssss

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