Não raro, encontramos, aqui e ali, os irmãos doentes por desajustes emocionais.
Quase sempre, não caminham. Arrastam-se. Não dialogam. Cultuam a queixa e a lamentação.
E provado está que, na Terra, a tensão emocional da criatura humana se dilata com o tempo.
Insegurança, conflito íntimo, frustração, tristeza, desânimo, cólera, inconformidade e apreensão, com outros estados negativos da alma, espancam sutilmente o corpo físico, abrindo campo a moléstias de etiologia obscura, à força de se repetirem constantemente, dilapidando o cosmo orgânico.
Se consegues aceitar a existência de Deus e a prática salutar dessa ou daquela religião em que mais te reconfortes, preserva-te contra semelhante desequilíbrio. Começa, aceitando a própria vida, tal qual é, procurando melhorá-la compaciência. Aprende a estimar os outros, como se te apresentem, sem exigir-lhes mudanças imediatas.
Dedica-te ao trabalho em que te sustentes, sem desprezar a pausa de repouso ou o entretenimento em que se te restaurem as energias. Serve ao próximo, tanto quanto puderes. Detém-te ao lado melhor das situações e das pessoas, esquecendo o que tepareça inconveniente ou desagradável. Não carregues ressentimentos.
Cultiva a simplicidade, evitando a carga de complicações e de assuntos improdutivos que te furtem a paz. Admite o fracasso por lição proveitosa, quando o fracasso possa surgir. Tempera a conversação com o fermento da esperança e da alegria. Tanto quanto possível, não te faças problema para ninguém, empenhando-te a zelar por ti mesmo. Se amigos te abandonam, busca outros que te consigam compreender com mais segurança.
Quando a lembrança do passado não contenha valores reais, olvida o que se foi, usando o presente na edificação do futuro melhor. Se o inevitável acontece, aceita corajosamente as provas em vista, na certeza de que todas as criaturas atravessam ocasiões de amarguras e lágrimas.
Emmanuel, pelo médium Chico Xavier
Picture by Sandra Santiago
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