Preocupação excessiva

Preocupação, medo e ansiedade são sinônimos. A ansiedade é pressa no corpo e uma defesa diante de uma ameaça.

Quando o perigo é real, nosso corpo tem mais que se defender. A maioria dos perigos que nos levam à ansiedade, porém não é real, é imaginada pela nossa cabeça que antecipa possíveis acontecimentos futuros que podem nem ocorrer.

No fundo, a preocupação está sempre ligada à expectativa de perdas. A maioria de nós vive em estado de alerta máximo, isso provoca um mal estar generalizado e nos tira a sensação de bem estar no momento presente.

Quando é muito intensa essa agitação corporal e muito prolongada nós a chamamos de estresse. Existe o verbo “ocupar” que é o verbo da vida, por meio dele experimentamos o momento presente.

Os antigos diziam: “faça o que estiver fazendo”. Na administração quando se fala do tempo presente, há uma determinação: “primeiro, as primeiras coisas”. E na bíblia, o famoso: “a cada dia o seu cuidado”. Existe um outro verbo, o da ansiedade que é pré-ocupar, é se ocupar de coisas que ainda não aconteceram.

A preocupação nos atormenta porque é o desejo do impossível: resolver o que é apenas uma possibilidade. Não é que não tenham motivos de preocupação, é que não adianta. Ansiedade ou preocupação é a capacidade de sofrer, agora, com algo que não aconteceu ainda e pode não acontecer no futuro.

Preocupação não é amor, como muitos pensam principalmente as mães com relação aos filhos. O contrário, ansiedade é a paciência, esperar acontecer, não querer controlar o futuro e estar presente. A melhor forma de prepararmos o futuro é viver com muita consciência o momento atual, pois quando o futuro chegar saberemos vivê-lo como estamos vivendo agora.

Antônio Roberto

Picture by Michele Usibelli