5 de mai. de 2008

Igor Stravinski

Igor Stravinski nasceu em Oraniembaum, Rússia, em 17 de junho de 1882. Filho de um cantor da Ópera Imperial e de uma pianista, começou a estudar música aos nove anos. Estudou direito na Universidade de São Petersburgo, mas nunca chegou a exercer a profissão de jurista.

Estudou música com o compositor Rimski-Korsakov, que o apresentou ao coreógrafo Diaghilev, para quem compôs os balés "Pássaro de Fogo" e "Petrushka", em 1910 e 1911, respectivamente.

O colorido e o dinamismo das novas composições causaram um vivo impacto no público. Em 1913, a estréia de "Sagração da Primavera" não obteve o mesmo êxito. Com coreografia de Nijinski, a obra apresentava dissonâncias de difícil assimilação para o público. Sua primeira ópera, "O Rouxinol", foi composta em 1914. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Stravinski foi para a Suíça, onde compôs "História de um Soldado" e "Ragtime". Com a Revolução de 1917, Igor Stravinski abandonou a Rússia. Estabeleceu-se na França, apresentando-se como concertista e regente.

No começo da década de 1920, casou-se com a atriz Vera de Bosset Soudeikini. Stravinski passou a compor num particular estilo neoclássico. São dessa época a ópera-oratório "Édipo-Rei", com texto em latim, e o melodrama "Perséfone", com texto de André Gide. Em 1939, Stravinski foi morar nos Estados Unidos, onde criou muitas composições sob encomenda. Nos anos 1950, adotou as técnicas musicais de Schoenberg e de Anton Von Webern. Criou a cantata Threni, em 1958, e no ano seguinte "Movimentos para piano e orquestra". Morreu em Nova York em 6 de abril de 1971.

Seu trabalho pode ser dividido em três fases bem distintas: Na primeira fase, obras inspiradas no folclore russo, escritas em suntuoso estilo romântico. Música russa, mas sem exlusivismo nacionalista.

Música brilhante e bárbara. Excetuando Ravel, ninguém jamais criou sons instrumentais mais notáveis.

A Sagração da Primavera, embora concebida como evocação dos tempos bárbaros da Rússia pré-cristã e pré-eslava, parece o retrato musical dos tempos novos, da época das máquinas, o retrato do estado de espírito de 1913, às vésperas das grandes catástrofes.

Na segunda fase, música no chamado estilo neo-clássico, norteada pela valorização da música européia do século XVIII.

Na terceira fase, na década de 1950, começou a estudar Webern. A música de seus últimos quinze anos (principalmente religiosa) passa a ser serial e intelectualmente compacta.

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