Cientistas britânicos disseram estar próximos de desenvolver um teste para identificar defeitos genéticos que elevam o risco de câncer de mama.
Em um artigo na publicação New England Journal of Medicine, eles sugerem que os testes poderiam ser aplicados a todas as mulheres acima de 30 anos, para determinar quais delas seriam examinadas regularmente para identificar os sinais da doença.
Os cientistas sabem que o risco de câncer de mama é determinado em parte pela herança genética da mulher e em parte por outros fatores, como o estilo de vida.
Testando pessoas com histórico familiar da doença, eles descobriram quais genes parecem estar contribuindo para este risco. O mais conhecido fator são defeitos nos genes BRCA1 e BRCA2, mas existem vários outros.
Os cientistas afirmam que está se tornando possível descobrir o risco de as mulheres desenvolverem câncer de mama olhando apenas as combinações dos genes.
A técnica seria importante para identificar a idade certa em que as mulheres precisam fazer os caros exames de ressonância magnética para detectar a doença.
Uma mulher com baixo risco, segundo o método desenvolvido pelos cientistas britânicos, poderia começar a fazer testes apenas a partir dos 50 anos, enquanto uma mulher com alto risco teria de realizar os exames a partir dos 30 anos.
"Nós estamos a poucos anos de uma nova e poderosa geração de testes genéticos para câncer de mama", disse o cientista Paul Pharoah, da Universidade de Cambridge.
O teste, segundo ele, seria barato e simples, usando apenas a saliva das mulheres.
"Nós esperamos que essa tecnologia se desenvolva muito rapidamente na próxima década, então é importante pensarmos em como podemos aprimorar os ganhos conquistados até agora", disse Bruce Ponder, do National Institute for Clinical Excellence.
Uma porta-voz do grupo britânico de apoio a pacientes de câncer MacMillan Cancer Support disse que continua apoiando a realização de testes de ressonância magnética para todas as mulheres, independente da composição genética.
"Nós pedimos a todas as mulheres que não evitem as ressonâncias. É um recurso que pode poupar vidas e todas as mulheres deveriam usá-lo."
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