As perdas são partes da vida. As perdas são necessárias porque para crescer temos de perder, não só pela morte, mas também por abandono, pela desistência. Em qualquer idade, perder é difícil e doloroso, mas só através de nossas perdas nos tornamos seres humanos plenamente desenvolvidos.
As pessoas que somos e a vida que vivemos são determinadas, de uma forma ou outra, pelas nossas experiências de perda. Esta compreensão ajuda a ampliar o campo de nossas escolhas e possibilidades. Todos nós, em princípio, lutamos contra as perdas, mas as perdas são universais, inexoráveis e muito abrangentes em nossas vidas.
E nossas perdas incluem não apenas separações e abandonos, mas também a perda consciente ou inconsciente, de sonhos românticos, ilusões de segurança, expectativas irreais e outras.
As perdas que enfrentamos ao longo da vida, e das quais não podemos fugir são:
Que o amor de nossos pais não é só nosso.
Que nossos pais vão nos deixar, e que nós vamos deixá-los.
Que por mais sábio, belo e encantador que alguém seja ninguém tem assegurado casar e " ser feliz para sempre".
Que temos de aceitar, em nós mesmos e nos outros, um misto de amor e ódio, de bem e de mal.
Que tudo nesta vida é implacavelmente efêmero.
Que estamos neste mundo essencialmente por nossa conta.
Que somos completamente incapazes de oferecer a nós mesmos ou aos que amamos, qualquer forma de proteção contra a dor e contra as perdas necessárias.
Que nossas opções são limitadas pela nossa anatomia e pelo nosso potencial.
Que nossas ações são influenciadas pelo sentimento de culpa incutido em nós pela educação que recebemos.
Examinar estas perdas permitem aceitar e modelar melhor os fatos da nossa vida.
Começar a perceber com nossas perdas moldaram e moldam nossas vidas pode ser o começo de uma vida mais promissora e Feliz.
Judith Viorst
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