14 de jan. de 2009

A mulher grávida

Embora tenha havido uma enorme evolução na relação homem e mulher, o machismo ainda está presente: muitos homens acreditam que a gravidez tem de ser assumida somente pela mulher. A gravidez é o resultado da união amorosa do homem e da mulher. Então, é lógico que os dois são responsáveis pela gestação e pelo bebê. Mesmo que a natureza tenha dado à mulher um papel predominante e mais importante na vida da criança, isso não justifica a ausência do pai. Zelar pela condição especial da mulher é papel dos dois. Ela carrega e protege o fruto de ambos. O marido tem de partilhar todos os momentos desse processo, desde as idas ao médico até as vivências emocionais próprias desse período. Os três primeiros meses de gravidez são de muita insegurança e ansiedade pelo medo de perder o feto. Durante a gestação, há profundas modificações corporais na mulher, o que também traz muitos incômodos à mãe: sono excessivo, fraqueza, às vezes vômitos e enjoos. Nessa ocasião, o que a mulher mais quer e precisa é de companheirismo. Alguém que possa escutar seus medos, suas preocupações, que possa lhe dar apoio e, sobretudo, compreensão nas suas mudanças de humor, nas suas irritações, nos seus cansaços. Muitos homens não entendem isso e, por ciúmes, querem exatamente o contrário: que a mulher lhes dê mais atenção e carinho. A mulher grávida está e tem de estar centrada no próprio ventre. A prioridade familiar é a nova vida que está se formando. O marido ciumento se considera deixado de lado. Acostumado ao papel principal, não aceita nem temporariamente o papel de coadjuvante, além da inveja de não poder gestar uma vida. A gravidez é um momento de estreitar o laço conjugal, e não de aumentar a aflição da mulher.
Antônio Roberto

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