26 de mai. de 2009

Relacionamentos viciosos x Padrões do passado

Alegrias são dádivas do destino que comprovam seu valor no presente. Pesares, ao contrário, são fontes do conhecimento cujo significado se revela no futuro.
Rudolf Steiner
Estamos vivendo uma época agitada, tempos em que todos correm muito, atrás de segurança material, emocional, de tudo que possa trazer mais felicidade, e, mesmo assim, as dificuldades parecem aumentar. Fazemos de tudo para diminuir o sofrimento, contudo, muitas vezes, ele não desaparece, ao contrário, aumenta. Hoje, tudo à nossa volta dá saltos quânticos, inclusive, a necessidade de encararmos nossos erros do passado. Nos confrontamos com eles e suas conseqüências a todo instante, e os efeitos desses padrões negativos do passado provocam sofrimentos muito dolorosos em nossa vida. Todo tipo de relacionamento vicioso, está relacionado às convicções com as quais nos identificamos no passado . Elas influenciam nossa vida, fazendo com que não percebamos a realidade como ela é hoje, pois somos influenciados por formas pensamentos do passado, gerando comportamentos e atitudes das pessoas, atraídas pela experiência original. As raízes de nosso destino estão dentro de nós. Quando reconhecemos que estamos num círculo vicioso dentro de um relacionamento, precisamos reconhecer também a resistência contra uma experiência de vida ou uma verdade que não queremos enxergar, e é essa resistência que atrai experiências iguais. Uma das maneiras de reconhecermos o vício de relacionamento é identificando a imaturidade do diálogo, exemplo: " eu te magoei, porque vc me magoou! Para sairmos do círculo vicioso é necessário que, pelo menos uma das partes demonstre maturidade para dar um passo atrás... e recuar. Todos querem o mesmo resultado nos relacionamentos: ser feliz, aceito, amado e, principalmente, respeitado. Quando existe sofrimento, alguma dessas coisas está faltando. Uma pessoa madura psíquica e emocionalmente, consegue reconhecer que possui seqüelas em seu corpo emocional, de outros relacionamentos; ou de outras etapas de vida e, mesmo as que fazem parte de sua personalidade, e para de culpar o outro. Percebe que o outro só abre as feridas já existentes, que pareciam estar cicatrizadas e recua para refletir, no lugar de reagir com raiva, com mágoa ou ressentimento. Atitudes de desaprovação, de crítica, só acabam com um afastamento ainda maior. A maturidade e o discernimento nos ajudam a compreender que o outro não é culpado pelo que sentimos, ele, apenas, desencadeou o sentimento e cabe só a nós curarmos a ferida. Feridas e cicatrizes, que geralmente esperamos que o meio externo acolha e cure, estão na nossa vida para que percebamos a amplitude disso: "o outro está conosco como espelho para que nós promovamos nossa cura. Ele desperta em nós um sentimento negativo qualquer, de baixa auto-estima, desvalorização, inutilidade, etc., para que possamos encarar, reconhecer e curá-lo". E só podemos nos curar quando conseguimos compreender que essas marcas estão dentro de nós e assumimos responsabilidade por elas, passando a tratá-las com carinho, amor e compaixão. Esperar do outro o que nós precisamos resolver só dificulta nossa cura e, enquanto não compreendermos isso, iremos sair de um relacionamento ruim e entrar em outro igual ou pior. A personalidade quando não reconhecida e tratada é fator desencadeante para um círculo vicioso, que não nos deixa sair da roda da reencarnação, atrasando nossa evolução. Vera Godoy El Morya Luz da Consciência
Picture by Joan Miró

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