Ao iniciar este texto, sinto-me num lugar estranho, por ser mãe e não pai, por ser mulher e não homem.
Porém, este lugar me interessa na medida em que me coloca num ‘lugar entre’, de quem observa. E o que me provoca a escrever estas linhas é a percepção desta mudança perversa do lugar do pai, que se perde na cultura, que evolui em alguns parâmetros em detrimento de outros. Arriscando o lugar da família, a mãe, unificadora e mantenedora da moral, por excelência, sai de casa para auxiliar no sustento da mesma.
Essa saída rompe com um cotidiano, abre novos olhares sobre a formação da maternidade e, consequentemente da paternidade, principalmente no que tange à autoridade dessa última. O pai, antes provedor onipotente, não é mais o único, pois divide a sua função com a esposa (mãe). E, como reflexo disso, aliado ao fato de que não gera e pouco cuida da prole, perde o seu posto, ilusoriamente estabelecido pela tradição. O lugar do pai é o da autoridade, do limite, do poder. Antes mesmo de Jesus Cristo, este conceito era claramente imposto pelo judaísmo, na relação humana com Deus.
Todavia, a aproximação cristã da figura do pai, inaugurou na linguagem um novo olhar, uma nova percepção de Deus, do pai, e, obviamente, do padre, mas não lhe retirou o poder, a autoridade. É preciso inicialmente, convocar a sociedade a pensar o passado na direção do presente, que insiste na negação da humanidade, enquanto produto de uma história que se ‘arruma’ a cada ato. Ser pai é entender, antes de tudo, que por mais mudanças que haja na sociedade, há uma vocação que se instala no coração daquele que deve anunciar a autoridade, o limite, o caminho.
Ser pai é estar atento ao(s) filho(s), em seus desejos, em suas escolhas, em suas angústias. E sabendo fazer uso de sua sabedoria e experiência, ensinar o filho a ‘pescar’ para que ele cresça, seja livre e independente. Atualmente, por falta de tempo e de aprendizado da autoridade paterna, deixamos de crer na onipotência divina, desprezamos a experiência de nossos pais e vestimos a falsa ideologia de que somos todos iguais. Ser pai não é o mesmo que ser mãe. É assumir um lugar, antes de tudo, de autoridade, na educação de seus filhos.
Samanta Obadia
Porém, este lugar me interessa na medida em que me coloca num ‘lugar entre’, de quem observa. E o que me provoca a escrever estas linhas é a percepção desta mudança perversa do lugar do pai, que se perde na cultura, que evolui em alguns parâmetros em detrimento de outros. Arriscando o lugar da família, a mãe, unificadora e mantenedora da moral, por excelência, sai de casa para auxiliar no sustento da mesma.
Essa saída rompe com um cotidiano, abre novos olhares sobre a formação da maternidade e, consequentemente da paternidade, principalmente no que tange à autoridade dessa última. O pai, antes provedor onipotente, não é mais o único, pois divide a sua função com a esposa (mãe). E, como reflexo disso, aliado ao fato de que não gera e pouco cuida da prole, perde o seu posto, ilusoriamente estabelecido pela tradição. O lugar do pai é o da autoridade, do limite, do poder. Antes mesmo de Jesus Cristo, este conceito era claramente imposto pelo judaísmo, na relação humana com Deus.
Todavia, a aproximação cristã da figura do pai, inaugurou na linguagem um novo olhar, uma nova percepção de Deus, do pai, e, obviamente, do padre, mas não lhe retirou o poder, a autoridade. É preciso inicialmente, convocar a sociedade a pensar o passado na direção do presente, que insiste na negação da humanidade, enquanto produto de uma história que se ‘arruma’ a cada ato. Ser pai é entender, antes de tudo, que por mais mudanças que haja na sociedade, há uma vocação que se instala no coração daquele que deve anunciar a autoridade, o limite, o caminho.
Ser pai é estar atento ao(s) filho(s), em seus desejos, em suas escolhas, em suas angústias. E sabendo fazer uso de sua sabedoria e experiência, ensinar o filho a ‘pescar’ para que ele cresça, seja livre e independente. Atualmente, por falta de tempo e de aprendizado da autoridade paterna, deixamos de crer na onipotência divina, desprezamos a experiência de nossos pais e vestimos a falsa ideologia de que somos todos iguais. Ser pai não é o mesmo que ser mãe. É assumir um lugar, antes de tudo, de autoridade, na educação de seus filhos.
Samanta Obadia
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