26 de jul. de 2011

O experimento das duas fendas

Este é um dos experimentos paradoxais que deram origem à nova ciência, a física quântica. Vale a pena conhecê-lo, pois ele faz que repensemos a posição e o papel do homem (e de todos os seres sencientes?) neste universo infinito.

O assunto merece nossa maior atenção e, para ser apreciado, o abandono de todos os preconceitos; só assim poderá ser compreendido em suas profundas implicações.
Sobre as descobertas impressionantes, e até mesmo consideradas, inicialmente, absurdas, da física quântica, está a afirmação de que, não existindo um ser senciente ‘observando’, não existe este mundo que vemos em torno de nós, isto é, nada existe no mundo da manifestação, no mundo do espaço-tempo.

Veja: na Internet, no site Wilkpedia, na explicação (uma das explicações) relativa ao 'experimento', no final da página do 'Dr. Rabbit' (o porta-voz dos físicos), está a pergunta:
- 'E o que um observador (um ser humano) tem a ver com isso?'

E, em seguida, como está também em várias obras de renomados cientistas:
- 'Um observador provoca o colapso da função de onda (de probabilidades de coisas) simplesmente... por OBSERVAR.'

O que significa isso? Significa que, não havendo um observador senciente, as ondas de probabilidades de coisas, objetos, seres, não entram em colapso e, conseqüentemente, não se transformam em partículas de matéria; não havendo partículas, não há matéria, isto é, o mundo da manifestação ao nosso redor, o mundo do espaço-tempo não existirá. Ou melhor, só existirão ondas de probabilidades de possíveis partículas.

Por aí podemos verificar que nós (e todos os seres sencientes?), somos necessários para que exista o mundo dos fenômenos ao nosso redor e em nós mesmos. Não havendo observação não há mundo. Aquilo a que denominamos Deus produz tudo o que existe, mas essa existência não prescinde de nossa observação: portanto, nós completamos a 'criação', ou melhor, a manifestação do mundo; Deus cria e nós damos o retoque final.
Essas implicações nos colocam numa situação muitíssimo diferente daquela a que as diferentes religiões populares do mundo nos colocam. Vale a pena analisar.

A física quântica desvendou novos horizontes (novos para nós, mas antigos para as escolas de tradição de meditação, antigos para os místicos) para nossa compreensão das coisas do mundo, de quem e do que somos, de tudo isso que aí está e que não compreendemos (e por isso sofremos). Nossa interpretação do mundo é incorreta e isso é a razão de todos os problemas do mundo. Esses novos horizontes mostram qual é, na verdade, a posição do homem neste universo infinito e eterno. Este texto, portanto, merece nossa cuidadosa análise.

O Experimento das duas Fendas em poucas palavras:
A partir dos estranhos resultados das experiências cientificas pelas quais os cientistas entraram no mundo das sub-partículas do átomo, verificaram-se descobertas perturbadoras. Einstein chegou a afirmar que, em face desses resultados, ’não há mais um palmo de chão firme sobre o qual se possa construir alguma coisa’; q todas as descobertas anteriores do homem teriam de ser reinterpretadas, porque agora se percebia que a ciência anterior (a ciência clássica da qual o mundo extraiu todo seu conhecimento, para todas suas áreas, por mais de 300 anos, com base nas interpretações de Newton e Descartes), não lidava com o mundo, mas com uma falsa interpretação ou falsa imagem do mundo.

O EXPERIMENTO: 
um anteparo com duas fendas (orifícios) verticais; além dele um filme que seria impressionado por partículas de matéria, que seriam atiradas através das fendas. Utilizando-se um dispositivo especial, a partícula era atirada, passava por uma das fendas e deixava seu sinal, ou risco, ou ponto, impresso no filme. Mas, e aqui começam as coisas perturbadoras, muitas vezes a impressão gravada no filme mostrava que a partícula, uma só partícula, passava pelas duas fendas ao mesmo tempo, pois interferia, no filme, com ela mesma, ou melhor, que a partícula deixava de ser partícula de matéria e se comportava como onda de energia. Isto é, o objeto se comporta como partícula (passando por uma das fendas), ou como onda de energia (passando pelas duas fendas). Estranhíssimo e perturbador!

Exaustivamente repetido o experimento, chegou-se à conclusão inescapável de que a partícula atirada só se comportava como partícula de matéria quando havia um observador senciente, um ser humano (ou outro animal senciente?) observando o experimento; quando não havia um observador, não existia matéria, apenas energia.

CONCLUSÃO: a formação da matéria, ou sua criação, exige a observação de um ser senciente para q se concretize. Aquilo q não conhecemos, mas a q as religiões populares dão o nome de Deus, cria tudo mas, não havendo observador, a criação não se completa, não se manifesta no espaço-tempo. Como disse acima, Deus cria e nós damos o ‘retoque final’ em sua criação.

(Somos o ‘prolongamento’ de Deus ; como dizem: então somos verdadeiras marionetes nas mãos de Deus? Não, da mesma maneira que nossas mãos não são nossas marionetes: são nossos prolongamentos; assim, também somos prolongamentos de Deus, somos complementação do próprio Deus).

PALAVRAS DE CIENTISTAS SOBRE O EXPERIMENTO:

1. A percepção humana destrói a alternativa onda / partícula (isto é, tudo no universo está sob a forma de ondas ou energia e só a observação humana provoca o colapso das ondas que, instantaneamente, se transformam em partículas, isto é, em matéria, e, assim, é pela observação que se concretiza o universo).

2. Na propagação de sinais visuais, os nervos óticos do sistema neurológico humano liberam energias muito superiores às dos grávitons (unidade de força gravitacional). Por isso a observação humana destrói a superposição de alternativas (não haverá alternativas; só partículas).

3. A percepção humana percebe apenas eventos do nível clássico (os eventos do nível quântico nunca são percebidos pelo ser humano, pois acontecem no nível do atemporal, fora do espaço-tempo).

4. Não há interferência quando não há observação (a observação interfere e transforma as ondas em partículas, que são os objetos do mundo e o próprio mundo).

5. A observação feita pelo ser humano é a resposta decisiva sobre a origem de tudo (o ser humano, pela sua observação, completa, dá o retoque final à obra da ‘criação’).

6. Não temos sequer uma imagem da natureza; as imagens que temos são de nossas relações com a natureza (porque, apenas por observar, mudamos a natureza e a percebemos).

7. O universo exige o ato de observação.

8. Quando examinamos os recessos mais profundos da matéria ou a fronteira mais remota do universo vemos o nosso próprio rosto (já que o homem é imprescindível para a existência da matéria e, conseqüentemente, do universo).

9. O universo todo é a imagem do rosto do homem (não fosse a presença do homem realizando a observação, não existiria o universo como o vemos).

11. O papel do observador é fundamental, pois é ele quem define os objetos e o universo.
12. O universo não teria explicação sem a consciência humana (pois esta completa o ‘quebra-cabeças’, finalmente explicando o universo).

13. Foi necessária a consciência para completar a física quântica (sem a interposição da consciência a física quântica não teria explicação e, do mesmo modo, não teria explicação o universo).

14. Tudo está aí mas, se o cérebro não está, nada será percebido. (tudo está aí, mas apenas em ‘potência’).

15. A dinâmica cerebral na verdade organiza e faz aflorar aquilo que já é uma propriedade intrínseca da natureza (isto é, tudo já está aí em ‘potência’, fazendo parte ou sendo a própria natureza, mas sem o cérebro e seu mecanismo clássico e quântico, nada existiria).
16. Os “gatilhos” quânticos do cérebro permitem que este perceba o mundo (sem a ação dos eventos quânticos não haveria percepção do mundo, como não haveria os objetos perceptíveis do mundo).

17. No cérebro acontece a coerência quântica e o colapso das ondas de probabilidades de coisas, objetos e eventos, de todos os fenômenos. Não fosse o cérebro do observador o universo não existiria.

18. O mecanismo quântico do cérebro, afetado pelas ondas, faz funcionar o seu mecanismo clássico (isto é, tudo acontece no domínio das operações quânticas; este é que faz operar o mecanismo do cérebro e, em conseqüência, vem-nos a percepção do mundo).

19. Nenhum fenômeno é um fenômeno até que ele seja um fenômeno observado. (Continua a seguir)

Ao concluir o comentário que faz sobre John Wheeler, "um dos intérpretes mais influentes e inventivos da Mecânica Quântica, bem como da Física Moderna", aluno de Bohr, autor da expressão ‘buraco negro e it do bit’, com que chamou definitivamente atenção para as relações entre a Física e a Teoria da Informação, nome-chave para a idéia de que o universo, sendo um fenômeno participativo, requer o ato de observação e, logo, a consciência, além de ter se envolvido na construção da primeira bomba atômica e da primeira bomba de hidrogênio, John Horgan, autor do livro O Fim da Ciência escreve:

"[...] ele nos dá corajosamente um paradoxo adorável e desalentador: no coração de toda realidade existe uma pergunta, e não uma resposta. Quando examinamos os recessos mais profundos da matéria ou a fronteira mais remota do universo, vemos, finalmente, o nosso próprio rosto perplexo nos devolvendo o olhar”.

Aqui, se não há encontro com a Resposta, há confronto harmônico com a poesia, como esta, da prosa realisticamente perturbadora de Jorge Luiz Borges:
"Um homem propõe-se a tarefa de desenhar o mundo. Ao longo dos anos povoa um espaço com imagens de províncias, de reinos, de montanhas, de baías, de naves, de ilhas, de peixes, de habitação, de instrumentos, de astros, de cavalos e de pessoas. Pouco antes de morrer, descobre que esse paciente labirinto de linhas traça a imagem de seu rosto”.

Para seu assombro veja também o ‘experimento de escolha demorada ou retardada’.

Como essas conclusões obrigatoriamente exigem que se repense a posição e o papel do homem no universo, estranha-se que, até hoje, as religiões não se manifestaram a respeito. E essas descobertas já completaram um século de existência. Talvez o receio de terem de modificar suas premissas básicas, ou do impacto que isso causaria entre os seus adeptos, as tenha feito se calarem.

Os místicos, há muito, já afirmavam, em palavras de difícil interpretação para o leigo, essa visão que a física atual nos trouxe, pois diziam: “Como a Mente (Consciência Universal, Deus) é vazia, o cérebro existe no espaço e no tempo”,

" Um pouco de ciência nos afasta de Deus... Muito, nos aproxima" - Pasteur

Enviado pela Drª Fátima Marques

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