7 de fev. de 2013

Esse Cara Sou Eu - Deus me livre desse “cara sou eu”!




Gosto muito de algumas músicas do Roberto Carlos.  Já fui a um show e não perco o especial  de Natal. Quando ele abre os braços e sorri para cantar os versos “Se chorei ou se sorri /o importante é que emoções eu vivi”, tenho vontade de cantar junto.  Mas toda vez que escuto o novo rit do rei, “Esse cara sou eu”, não consigo deixar de pensar que “esse cara” é um pouco exagerado.
Ele quer ver a moça o tempo todo. Conta os segundos se ela demora. Não sabe ficar sem ela. Acorda a coitada no meio da noite para falar que a ama (precisa?).  Ele reclama quando ela some por um tempo.  “Esse cara” me parece pegajoso, possessivo e sem vida própria.
Sei que essa música traduz o ideal romântico de muitas pessoas.  E acho isso um pouco assustador. Primeiro porque “esse cara” dificilmente existe. Nenhum homem (ou mulher)  é heroi e vive exclusivamente para alguém.  As pessoas trabalham, têm amigos, problemas, têm mais o que fazer da vida.  Segundo, porque o que a música descreve não me parece amor. Esta mais para um sufoco. Amor requer companheirismo,  liberdade, e  espaço para ser você mesmo.
Natália Spinacé

Um comentário:

Anônimo disse...

Natália, infelizmente pessoas como vc nós faz ter certeza da pergunta: o que quer uma mulher?
Mulheres como vc estão virando masculinas e depois reclamam que não existem mais homens.
Antes era homem que ia a caça agora a coisa mudou.
Eu continuo a moda antiga e sou feliz por ter um CARA assim.

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