A
Proteste - Associação de Consumidores testou 19 marcas de azeite extravirgem e
constatou que quatro (Figueira da Foz, Tradição, Quinta d’Aldeia e Vila Real)
não podem nem ser consideradas azeites, e sim uma mistura de óleos refinados.
Menos da metade dos produtos avaliados, apenas oito, apresentam qualidade de extravirgem. São eles: Olivas do Sul, Carrefour, Cardeal, Cocinero, Andorinha, La Violetera, Vila Flor, Qualitá.
Os outros sete (Borges, Carbonell, Beirão, Gallo, La Espanhola, Pramesa e Serrata) são apenas virgens. Dos quatro testes que a entidade já realizou com esse produto, este foi o com o maior número de fraudes contra o consumidor.
Menos da metade dos produtos avaliados, apenas oito, apresentam qualidade de extravirgem. São eles: Olivas do Sul, Carrefour, Cardeal, Cocinero, Andorinha, La Violetera, Vila Flor, Qualitá.
Os outros sete (Borges, Carbonell, Beirão, Gallo, La Espanhola, Pramesa e Serrata) são apenas virgens. Dos quatro testes que a entidade já realizou com esse produto, este foi o com o maior número de fraudes contra o consumidor.
As
propriedades antioxidantes do azeite de oliva são o principal atrativo do
produto, devido ao efeito benéfico à saúde. Mas para que o azeite mantenha suas
características, é importante que ele não seja misturado a outras substâncias.
Os quatro produtos desclassificados pela entidade são, na verdade, uma mistura
de óleos refinados, com adição de outros óleos e gorduras.
Em diversos parâmetros de análise, essas marcas apresentaram valores que não estão de acordo com a legislação vigente. Os testes realizados indicaram que os produtos não só apresentam falta de qualidade, como também apontaram a adição de óleos de sementes de oleaginosas, o que caracteriza a fraude.
Em diversos parâmetros de análise, essas marcas apresentaram valores que não estão de acordo com a legislação vigente. Os testes realizados indicaram que os produtos não só apresentam falta de qualidade, como também apontaram a adição de óleos de sementes de oleaginosas, o que caracteriza a fraude.
Outros
sete não chegam a cometer fraude como esses, mas também não podem ser vendidos
como extravirgens. A entidade ressalta que o consumidor paga mais caro,
acreditando estar comprando o melhor tipo de azeite e leva para casa um produto
de qualidade inferior.
É
considerado fraude o produto vendido fora das especificações estabelecidas por
lei. Para as análises, foram considerados parâmetros físico-químicos para
detectar possíveis adulterações: espectrofotometria (presença de óleos
refinados); quantidade de ceras, estigmastadieno, eritrodiol e uvaol (adição de
óleos obtidos por extração com solventes); composição em ácidos graxos e
esteróis (adição e identificação de outros óleos e gorduras); isômeros transoleicos,
translinoleicos, translinolênicos e ECN42 (adição de outras gorduras vegetais).
A
entidade vai notificar o Ministério Público, a Anvisa e o Ministério da
Agricultura, exigindo fiscalização mais eficiente. Nos três testes anteriores
foram detectados problemas. Em 2002, foram avaliados os virgens tradicionais e
foi encontrada fraude. Em 2007, a situação se repetiu com os extravirgens. Em
2009, uma marca que dizia ser extravirgem não correspondia à classificação.
Para a Proteste, isso demonstra que os fabricantes ainda não são alvos da
fiscalização necessária.
A
reportagem procurou os quatro representantes dos óleos desclassificados. A
importadora da marca Quinta D´Aldeia, a Sales, informou que foi notificada pela
Proteste no último dia 4 e está buscando esclarecer "estas
divergências" junto à entidade. A empresa também garantiu que o lote 80,
utilizado pela Proteste para os testes, "encontra-se em consonância com a
legislação, conforme laudo elaborado a pedido da empresa, razão pela qual se
faz necessário analisar o suposto laudo na qual a reportagem se baseia".
Disse, ainda, que está à disposição para realizar contraprova para comprovar o
resultado do teste da entidade.
A Angel, importadora da Vila Real, e a importadora da Figueira da
Foz ainda não retornaram o contato da reportagem. A outra marca não teve
representante localizado pela reportagem.
O Globo
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