4 de mai. de 2007

Auto-estima


A auto-estima, juntamente com o amor-próprio, é a base para o ser humano. É a cura para todas as dificuldades e sofrimentos. E mais, é a cura para todas as doenças de origem emocional e relações destrutivas.
A auto-estima começa a se formar na infância, a partir de como as outras pessoas nos tratam.
Ou seja, as experiências do passado exercem influência significativa na auto-estima quando adultos.
Perde-se a auto-estima quando se passa por muitas decepções, frustrações, em situações de perda, ou quando não se é reconhecido por nada que faz.
O que abala não é só a falta de reconhecimento por parte de alguém, mas principalmente a falta de reconhecimento por si próprio.
Quando a auto-estima está baixa a pessoa se sente inadequada, insegura, com dúvidas, incerta do que realmente é, com um sentimento vago de não ser capaz.
Não acredita ser capaz de ter alguém que a ame, de fazer aquilo que quer, de se cuidar, desenvolvendo assim um sentimento de insegurança muito profundo, desistindo facilmente de tudo que começa.
Como ela mesma não se ama, se sujeita a qualquer tipo de
relação para ter alguém ao seu lado, tornando-se dependente de relações destrutivas e não conseguindo forças para sair delas. Vale lembrar que esse processo acontece inconscientemente.
A pessoa não tem consciência do por que está agindo assim, apenas sente o sofrimento que pode se expressar em forma de angústia, dor no peito, choro, pesadelos, vazio, agressividade, depressão, punição, doenças.
Culpam os outros pelos próprios erros, encaram todas as críticas como ataques pessoais e tornam-se dependentes de relações doentes.
O maior indicador de uma pessoa com baixa auto-estima é quando sente intensa necessidade de agradar, não consegue dizer "não", busca aprovação e reconhecimento por tudo o que faz, sempre querendo se sentir importante para as pessoas, pois na verdade, não se sente importante para si mesma.
Com isso, se abandona cada vez mais.
A auto-estima também influencia a escolha dos relacionamentos.
Aqueles com elevado amor-próprio em geral atraem pessoas com a mesma característica, gerando uniões saudáveis, criativas e harmoniosas.
Já a baixa auto-estima acaba atraindo ou mantendo relacionamentos destrutivos e dolorosos. Quando há amor-próprio não se deixa envolver nem manter relações destrutivas.
Há também uma relação direta e muito importante entre desempenho profissional e auto-estima, mas esse é outro assunto.
A auto-estima influencia tudo que fazemos, pois é o resultado de tudo que acreditamos ser, por isso o autoconhecimento é de fundamental importância para aumentar a auto-estima.
Ou seja, confiar em si mesmo, ouvir sua intuição, acreditar em sua voz interior, respeitar seus limites, reconhecer seus valores, expressar seus sentimentos sem medo, sentir-se competente, capaz e se tornar independente da aprovação dos outros, tudo isso faz com que a auto-estima se eleve.
Mas é um processo gradativo que exige trabalho e conscientização.
Na verdade, todos estamos à procura de amor.
E esse sentimento ainda é o que rege tudo o que buscamos, fazemos e somos.
Principalmente o amor por si mesmo, que é a base da construção da auto-estima.
Rosemeire Zago
Psicóloga clínica com abordagem jungiana.

3 comentários:

Anônimo disse...

Esse foi o melhor artigo já postado aqui.
Trata de um assunto importantíssimo. O fundamento do ser.
Mas eu não tinha auto-estima elevado quando criança. Vivia achando que tudo que falavam era comigo. Hoje sou uma pessoa bem resolvida e tenho uma auto estima maravilhosa, até demais, né Leo?...kkkkk... Isso me ajuda demais.
Encontramos pessoas fracas que querem te derrubar o tempo inteiro, seu vc tiver baixo auto-estima....hummm.... como diz meu pequeno príncipe Lohan..."ja era". Se afunda mesmo, se achando como os comentários depreciativos desta pessoas fracas e invejosas.

Leozinho, quero aproveitar para dar os parabéns, seu blog está ótimo, super culto, bem a sua cara, né?
Siga em frente amigo, precisamos de artigos como os que vc postam aqui.
Bom fim de semana

Unknown disse...

Obrigada, eu estava tendo uma crise aqui e vim ler sobre. Me ajudou muito.

Adilson disse...

Artigo muito interessante que se aplica muito à minha personalidade. Desde a adolescência procurei interagir com pessoas do baixo clero, alcoólatras, jogadores, recalcados, etc., deixando minhas amizades da infância de lado. Na fase de namoro também fiquei com mulheres normalmente com problemas de ordem psicológica ou sem atrativos físicos e até me casei com uma garota com problemas psiquiátricos. Agora, na fase madura, conheci uma mulher que não se encaixa naquele perfil, pois ela é bonita, inteligente, tem um bom posicionamento social e não tem nada de maluca. Não consegui manter o relacionamento pois, acredito eu, ela talvez seja muito pra mim. Só que descobri tarde demais qual é meu problema e mesmo que o trate agora acho que já a perdi.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...