
O general Patton, com todas as suas virtudes, evidentemente no fundo tinha medo da sua própria fraqueza e covardia. No filme Patton, isso se revela quando ele está visitando um hospital de campanha durante a Segunda Guerra Mundial. Ele vai de leito em leito, cumprimentando os feridos e distribuindo medalhas (o que o Rei na sua plenitude faz).
Mas aí ele chega perto da cama de um neurótico de guerra, pergunta-lhe qual o seu problema, e o soldado responde que seus nervos estão em frangalhos. Em vez de reagir com a compaixão do Rei vivificador, que sabe o que seus homens estão passando, Patton parte para cima do outro, irado, esbofeteia-lhe o rosto, chama-o de covarde, humilha-o, ofende-lhe e manda-o de volta à frente de batalha.
Embora ele não saiba, o que viu foi o rosto do seu próprio medo e fraqueza ocultos projetados no outro. Teve a visão do Covarde interior.
Moore & Gillette
Nenhum comentário:
Postar um comentário