Apesar da maioria dos artistas surrealistas, de uma forma ou de outra, ter sofrido a influência das teorias de Freud sobre os sonhos e o inconsciente, nenhum deles fez isto com tanto fervor como o pintor espanhol Salvador Dalí.
A obra de Freud, A Interpretação dos Sonhos, pareceu uma revelação a Dalí, uma vez que, para o pintor, representava uma explicação científica a seus tormentos e fantasias eróticas, que dizia ter experimentado desde a mais tenra infância. A fascinação do pintor pela psicanálise afetou de forma profunda sua relação com a própria arte.
Durante sua longa carreira, Dalí foi fascinado pela idéia da imagem dupla, aquela que sugere ou se transforma em uma segunda imagem - um acontecimento comum nos sonhos. A enorme cabeça retratada em Sono é um exemplo desse estratagema. À primeira vista, parece apenas um monstruoso rosto com formato de balão.
Mas, depois de um exame mais detalhado, a imagem começa a assumir a aparência de um feto. Para o pintor, o sonho constituía um paradoxo, um monstro porque, em sonhos, o homem é livre para cometer os crimes mais hediondos; o sonho é embrionário, porque dá ao homem o abrigo trépido e a imunidade do útero. Dizia que as muletas desta pintura simbolizavam o que ele chamava de “equilíbrio psíquico”, o qual torna o sono possível. Se apenas uma delas for retirada, segundo a enigmática explicação de Dalí, o resultado será a insônia.
O quadro de Dalí, Sono, 1937, foi pintado para Edward James, um milionário inglês. O quadro trata de um assunto que fascinava os surrealistas: o mundo dos sonhos. Eles acreditavam que a liberdade do inconsciente durante o sono poderia ser pintada e usada criativamente. O sono é uma entrega a um colapso do corpo durante o sono como se estivesse em um estado separado do ser. Em um céu azul profundo uma enorme cabeça sem corpo, com os olhos dissolvidos no sono, permanece dependurada em um quase deserto.
A cabeça é mole, parecendo vulnerável e distorcida, e surge um cachorro que também parece dormir. A boca e o nariz estão ligados a palitos, e a cabeça é sustentada por eles, dando a idéia de que se fossem retirados esses palitos a cabeça se desintegraria. Dalí escreveu que ele imaginou o sono como um monstro pesado apoiado em palitos da realidade.
A obra de Freud, A Interpretação dos Sonhos, pareceu uma revelação a Dalí, uma vez que, para o pintor, representava uma explicação científica a seus tormentos e fantasias eróticas, que dizia ter experimentado desde a mais tenra infância. A fascinação do pintor pela psicanálise afetou de forma profunda sua relação com a própria arte.
Durante sua longa carreira, Dalí foi fascinado pela idéia da imagem dupla, aquela que sugere ou se transforma em uma segunda imagem - um acontecimento comum nos sonhos. A enorme cabeça retratada em Sono é um exemplo desse estratagema. À primeira vista, parece apenas um monstruoso rosto com formato de balão.
Mas, depois de um exame mais detalhado, a imagem começa a assumir a aparência de um feto. Para o pintor, o sonho constituía um paradoxo, um monstro porque, em sonhos, o homem é livre para cometer os crimes mais hediondos; o sonho é embrionário, porque dá ao homem o abrigo trépido e a imunidade do útero. Dizia que as muletas desta pintura simbolizavam o que ele chamava de “equilíbrio psíquico”, o qual torna o sono possível. Se apenas uma delas for retirada, segundo a enigmática explicação de Dalí, o resultado será a insônia.
O quadro de Dalí, Sono, 1937, foi pintado para Edward James, um milionário inglês. O quadro trata de um assunto que fascinava os surrealistas: o mundo dos sonhos. Eles acreditavam que a liberdade do inconsciente durante o sono poderia ser pintada e usada criativamente. O sono é uma entrega a um colapso do corpo durante o sono como se estivesse em um estado separado do ser. Em um céu azul profundo uma enorme cabeça sem corpo, com os olhos dissolvidos no sono, permanece dependurada em um quase deserto.
A cabeça é mole, parecendo vulnerável e distorcida, e surge um cachorro que também parece dormir. A boca e o nariz estão ligados a palitos, e a cabeça é sustentada por eles, dando a idéia de que se fossem retirados esses palitos a cabeça se desintegraria. Dalí escreveu que ele imaginou o sono como um monstro pesado apoiado em palitos da realidade.
Thais Gontijo - Psicanalista
picture by Salvador Dalí
Um comentário:
é mais fácil viver em sonhos, não é tão monstruoso assim...
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