Esse Dalai Lama não me parece lá muito católico. Meu santo não bate com o dele.
Entende? Entendje? Para adotar a pronúncia carioca.
Entende? Entendje? Para adotar a pronúncia carioca.
O mesmo carioca que acrescentaria às duas frases: é uma coisa de pele.
Nós, brasileiros, assim como todo mundo, temos muita dessa coisa de pele. Nossas peles não são só eczema, cravo ou espinha. Essa coisa de pele é no sentido de que foge à uma explicação razoável. Ou intelectualmente defensável.
Nada tem a ver com uma ponderação serena dos fatos.
Nós, brasileiros, assim como todo mundo, temos muita dessa coisa de pele. Nossas peles não são só eczema, cravo ou espinha. Essa coisa de pele é no sentido de que foge à uma explicação razoável. Ou intelectualmente defensável.
Nada tem a ver com uma ponderação serena dos fatos.
Fatos não merecem ponderação quanto mais serena.
Dita a frase beirando o preconceito, tenta-se um arrazoado por mais simples que seja.
Dita a frase beirando o preconceito, tenta-se um arrazoado por mais simples que seja.
A carne, a pele, é fraca. Para continuar com o Dalai Lama.
A pessoa que recebeu a sentença no meio da testa, por certo perguntará:
- Uai, sô, pruqê?
Me esqueci de dizer que eu me dirigi a um mineiro. Gente de que gosto. Coisa de pele. Volto, meio sem graça, à tentativa de explicação.
- Uai, sô, não lê os jornais? Nesta altura do campeonato, ou nesta altura dos Jogos Olímpicos de Pequim, o homem recusou-se a aceitar a conclamação de sua gente pedindo um boicote da competição dizendo, e cito-o literalmente, que “o povo chinês precisa se orgulhar dos jogos. A China merece ser o país anfitrião.”
Já viu? Isso depois de o líder espiritual tibetano amargar – ou será adoçar envolto em rubros mantos? – o exílio desde 1959.
Sou prolixo. Sou chato. Quem mandou o mineirinho vir me cutucar de vara curta.
A pessoa que recebeu a sentença no meio da testa, por certo perguntará:
- Uai, sô, pruqê?
Me esqueci de dizer que eu me dirigi a um mineiro. Gente de que gosto. Coisa de pele. Volto, meio sem graça, à tentativa de explicação.
- Uai, sô, não lê os jornais? Nesta altura do campeonato, ou nesta altura dos Jogos Olímpicos de Pequim, o homem recusou-se a aceitar a conclamação de sua gente pedindo um boicote da competição dizendo, e cito-o literalmente, que “o povo chinês precisa se orgulhar dos jogos. A China merece ser o país anfitrião.”
Já viu? Isso depois de o líder espiritual tibetano amargar – ou será adoçar envolto em rubros mantos? – o exílio desde 1959.
Sou prolixo. Sou chato. Quem mandou o mineirinho vir me cutucar de vara curta.
Não é a primeira vez que vejo o Sr. Lama defender a China.
Fogo.
Fogo.
Ivan Lessa
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