9 de out. de 2008

A caverna

E agora, deixa-me mostrar, por meio de uma comparação, até que ponto nossa natureza humana vive banhada em luz ou mergulhada em sombras. Vê! Seres humanos vivendo em um abrigo subterrâneo, uma caverna, cuja boca se abre para a luz, que a atinge em toda a extensão. Aí sempre viveram , desde crianças, tendo as pernas e o pescoço acorrentados, de modo que não podem mover-se, e apenas vêem o que está à sua frente, uma vez que as correntes os impedem de virar a cabeça. Acima e por trás deles, um fogo arde a certa distância e, entre o fogo e os prisioneiros, a uma altura mais elevada, passa um caminho. Se olhares be, verás uma parede baixa que se ergue ao longo desse caminho, como se fosse um anteparo que os animadores de marionetes usam para esconder-se enquanto exibem os bonecos. Pois esses seres são como nós. Vêem apenas suas próprias sombras, ou as sombras uns dos outros, que o fogo projeta na parede que lhes fica à frente. Platão
Picture by Paul Klee

Um comentário:

Braz disse...

É interessante quando encontramos pessoas que escrevem sobre temas que nos agradam. Platão e sua Caverna são atualíssimos e se prestam perfeitamente aos dias comtemporaneos. comecei a ler seu blog hoje, ainda que meio sem tempo, mas sei que, apesar de ser, pelo menos para mim, uma forma de "escape", confesso que as vezes gostariamos que as coisas que escrevemos fossem lidas por mais gente, mas... Disléxicos diante da incompreensão e da falta de uma hermenêutica consistente, somente nos sobra, senão uma sensação mórbida acerca das falácias da vida, somente a oportunidade constitutiva de uma idiossincrasia que é, no mínimo, surda, cega, muda e, idiota...
um grande abraço e se der de uma olhada la no meu...

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