Diante da vida, que é feita sempre de luz e sombra, de coisas boas e coisas ruins, de aspectos positivos e negativos, temos a possibilidade de duas atitudes.
A primeira é nos sentirmos “vítimas” das circunstâncias ruins.
A vítima enfatiza o lado escuro das coisas, reclama do mal e o alimenta com pensamentos de auto piedade: “Olha o que fizeram comigo...
Ninguém me ama e ninguém me quer... O mundo é mau... Não tenho sorte...” Já a outra atitude é da pessoa que quer ser feliz, apesar dos limites humanos.
Esta aproveita tudo de bom que está ao seu alcance e atravessa o mais rápido possível os infortúnios, as desgraças, as hostilidades das outras pessoas.
Constantemente falo e escrevo, porque acredito piamente nisso, que não são as circunstâncias, incluindo as pessoas, que nos fazem felizes ou infelizes, mas a forma como lidamos com elas.
Nas mesmas circunstâncias em que uns crescem, mudam e ultrapassam, outros sentam, choram e se tornam sofredores. Essa atitude pode ser contagiosa. Se convivermos com alguém assim, temos de criar um filtro interno, para não absorvermos, ainda que de maneira inconsciente, essa postura negativa.
Ao conviver com alguém deprimido ou angustiado ou que está passando por alguma perda, não se sobrecarregue com isso. Amar o outro ou ter por ele compaixão é apenas ter paciência e compreender o lado humano do outro.
Nunca significa se misturar com o sofrimento alheio e assinalar sua angústia. Concordar e proteger o pessimismo de alguém não é bondade nem amizade. É ser cúmplice na persistência da dor do outro. Ouvir o outro, nas suas lamúrias, nos seus desabafos, é ser gentil. Não misture, porém, deixando-se levar pela depressão. Um sentimento bom, nessas ocasiões, é a esperança. Mais cedo ou mais tarde essa pessoa mudará sua interpretação dos seus infortúnios e voltará a brilhar.
Antônio Roberto
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