12 de jun. de 2009

Respeitando as diferenças

O grande escritor Machado de Assis disse: “Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho. Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!” Normalmente achamos que as pessoas têm a mesma capacidade que temos, tanto no que é bom, como no que é ruim. Sempre nos baseamos nas nossas vivências. Não temos muitas vezes noção que cada pessoa tem uma forma de reagir diante da mesma situação, com maior ou menor intensidade. As pessoas julgam as forças umas das outras se baseando naquilo que elas mesmas são capazes de suportar. Poucos se dão conta que cada um de nós tem seu limite e que este não pode ser comparado com o de mais ninguém. As pessoas diferem também na maneira de lidar com o sofrimento, uns sofrem mais intensamente e outros levam mais naturalmente. A questão não é se um ou outro está certo. A questão é saber que há diferenças e que o diferente de mim não é errado, é apenas diferente. Temos sempre a mania de querer que todas as pessoas sejam padronizadas. Claro que sendo todos iguais os nossos riscos diminuem, não seremos cobrados, criticados, e sempre teremos razão. Temos muitas dificuldades com as diferenças e perdemos horas discutindo e tentando convencer uns aos outros que a verdade deve ser única. Por que é tão difícil respeitar o pensamento diferente que a outra pessoa tem? Que poder teremos se estivermos certos? Será que o mundo vai mudar só por que tenho razão? Tudo é relativo, dinâmico e tem várias nuanças. Todos podem ver de ângulos diferentes e todos estarem corretos. E que importância tem isto? As guerras, as violências nas relações, nos casamentos, na sociedade é fruto de todo este desrespeito à singularidade de cada um. Somos o que somos, sim, e que ninguém nos diga que somos pequenos e falhos ou maiores e menores. Antônio Roberto
Picture by Volker Stelzmann

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