28 de jun. de 2010

O Papel da Psicanálise – O Final da Psicanálise “A análise acolhe o sofrimento de pessoa a pessoa, em sua singularidade, apostando que aquele sofrimento tem uma razão inconsciente a ser decifrada. Através da lógica do inconsciente, o analista acompanha as pontes que o paciente estabelece com o mundo.
Atravessá-las, é a forma de se propor uma mudança na matriz das respostas habituais da pessoa frente às dificuldades. Diferente das formas revolucionárias em que se combate determinados padrões com novas formas de dominação, a psicanálise procura estimular o paciente a se expressar, ainda mais que esta não encontre nos padrões vigentes as palavras correspondentes aos seus sentimentos. Por isso a psicanálise é uma forma verdadeiramente subversiva, não ao capitalismo ou ao marxismo, mas a qualquer sistema político que gere padrões.” “ Uma análise termina quando o paciente descobre que a felicidade não se traduz num acúmulo progressivo de bens. Mas nas possibilidade de estabelecer metas, calcular condições de realização, e mesmo sabendo que nesse cálculo há um ingrediente de incerteza, que este não se transforme num empecilho para a tentativa. A análise mostra o limite do saber possível, e a importância de se assumir o risco da aposta, ou seja, fazer um ato de criação, ao contrário do comportamento repetitivo, cujos resultados são conhecidos. A pessoa aprende a calcular sua vida, sempre inserindo nela o ingrediente de incerteza.” Jorge Forbes - 1992
reprodução: René Magritte

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