31 de ago. de 2012

Joaquim Barbosa - Merece o respeito do povo brasileiro

Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu, noroeste de Minas Gerais. 

É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. 

Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. 

Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado. 

Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84). 

Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 

Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade.
Fonte: Wikipédia

29 de ago. de 2012

Cia. Repentistas do Corpo


Olá amigos, familiares e colegas!


É com prazer que convidamos a todos para a temporada de estreia do espetáculo "SAMBABEBOM". 
O novo trabalho interdisciplinar da Cia. Repentistas do Corpo é inspirado na cadência e na síncope do Samba.

Agradecemos bastante a ajuda na divulgação das apresentações que serão gratuitas.

Grande abraço,

Sérgio Rocha e Cláudia Christ
Cia. Repentistas do Corpo

ciarepentistasdocorpo.blogspot.com
(11) 35022824 e 991969838




27 de ago. de 2012

O homem que devora livros

 (Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Usa jeans e gosta de boteco o campeão de leitura da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Também revela jamais ter adoecido ou se sentido sozinho desde que aprendeu a ler. A média do ilustre letrado nos últimos 50 anos é de oito livros por mês – cerca de 4.800. No primeiro semestre de 2012, já foram 50 títulos “devorados”, retirados no setor de empréstimo domiciliar, no prédio anexo do Circuito Cultural Praça da Liberdade. Em 2011, sem contar as compras em livrarias, sebos e endereços da internet, foram 105 livros. Clóvis José Ferreira, de 64 anos, é homem simples, de raízes populares, viajante, gourmet, pai, avô e morador do Bairro Santa Tereza, Região Leste da capital.

Nascido em Manhuaçu, na Zona da Mata mineira, o aposentado, dono de pequeno negócio do ramo imobiliário, não queria aparecer. Acabou convencido a falar e tornar pública a paixão pela leitura, que o destaca entre os mais de 90 mil associados da biblioteca estadual. Encontro marcado no “berço” do sujeito magro e elegante, com entrada pela Avenida Bias Fortes – edifício que leva o nome do Professor Francisco Iglesias (1923-1999) – respeitado intelectual e historiador brasileiro. No andar superior, onde fica parte do acervo de 230 mil títulos, Clóvis passeia com a desenvoltura de conhecedor de todas as estantes e prateleiras. Não dá conta de conversar sem ir até os livros – seus prediletos – para recomendar leitura. São muitos, mal cabem na caderneta de mão.


O leitor lista dezenas de autores de “escrita mais fácil”, acessíveis a qualquer sujeito de mínima boa vontade. “Qualquer livro ruim é melhor do que livro nenhum”, complementa. Explica detalhes da literatura de John Grisham, Dickens, Harold Robbins – “na minha época, considerado pornográfico”, diverte-se –, James Ellroy, Dennis Lehane, Michael Connelly, James Clavell, Taylor Caldwell, entre outros tantos que venceram a velocidade da escrita da reportagem. Em cada corredor, muitas histórias, mergulhos vividos pelo homem da vista incansável. “Leitura não faz mal para a vista, leio desde os 8 anos e até hoje não precisei usar óculos. Tem gente que duvida. Aí, pego o catálogo e leio as letras mais miúdas. Pelo contrário, ter aprendido a ler nas condições mais precárias, em movimento e com pouca luz, fez com que a minha visão até melhorasse”, considera Clóvis, que na quinta-feira comemora 65 anos.


Gostos 


Segue passeio pelas prateleiras e comenta romances de mais de mil páginas – alguns, lidos duas vezes. “Gosto mesmo das biografias. O que não leio são os “modismos”. Essa onda de vampiro, de lista dos 10 mais, não me pega. Não é a minha praia”, revela. Entre os brasileiros de que mais gosta, Clóvis destaca Guimarães Rosa, Benito Barreto, Agripa Vasconcelos, Érico Veríssimo, Jorge Amado… “precisa mesmo dizer? São tantos…”. Conta ter prazer com a literatura policial: “Os personagens são riquíssimos”. Com 6 mil em espécie, de Ellroy, com 850 páginas, explica: “Ele escreve de modo direto, cortante. Gosto muito”. Em novo corredor, aponta para as prateleiras: “Os ingleses descobriram o filão da Idade Média e se tornaram especialistas. Olhe só a quantidade de livros”.

“Se fosse rico, não seria tão feliz. A felicidade é uma obrigação. Em mim não há espaço para as tristezas, para os aborrecimentos, depressão, nada disso”, diz. O jovem aposentado se orgulha de, até os 50 anos, ter dado volta ao mundo por meio da literatura. “Não tenho dúvida de que a vida que levo, a minha boa relação com o mundo e com o outro é resultado dos personagens e das histórias que conheci nos livros. A leitura melhora o ser humano. Quem lê é diferente. Não importa se você é pedreiro ou astronauta. Se você lê, o seu olhar vai além. Você se torna um profissional diferenciado. Entende e sabe identificar melhor as qualidades e os defeitos das pessoas”, considera. Para ele, se as pessoas lessem mais o mundo seria melhor. “Às vezes venho aqui e tem quatro pessoas, é triste isso.”


Simpático, ele é muito querido. Maria Aparecida Costa Duarte, coordenadora do setor de empréstimo domiciliar, há 16 anos entre os livros da Praça da Liberdade, cita o microempresário como exemplo de bom leitor. “Entre os mais velhos, tem gente que apenas pega os livros emprestados. O Clóvis não. Ele lê muito. Gosta de ler”, ressalta. Ao ver o ilustre leitor alvo da câmera entre as estantes, a funcionária de sorriso bonito dispara: “Tá parecendo um galã, heim!”. Tudo baixinho, muito respeitoso. Estamos na biblioteca.


Volta ao mundo pelas páginas
Tamanha intimidade alcançada com os continentes, levado pelas letras a conhecer a Europa e os Estados Unidos, para o aposentado pareceu uma nova visita. “Depois que me aposentei, passei 18 dias sozinho em Manhattan e parecia que eu conhecia a cidade. Não me senti um estrangeiro em Nova York. Talvez por todas as histórias lidas, passadas na ilha. Na Europa, me emocionei em Paris, diante do Arco do Triunfo. Portugal, nem posso dizer isso, mas chego a ver como o melhor da Europa”, sorri. Em meio às estantes, atende o telefone para tratar de negócios. Sem tirar o olho da prateleira, orienta o trabalho do outro lado da linha, saca um livro: Servidão humana, de William Somerset Maugham. “Este livro é fantástico. Li quando tinha 14 anos”.

Divorciado, pai da nutricionista Carolina, de 32, e da advogada Isabella, de 29, Clóvis conta há 10 anos ter descoberto novo amor. Mas volta a falar da outra paixão: os livros. “Já tive época de paixões diferentes: O profeta, de Khalil Gibran; A ratazana, de Günter Grass; A montanha mágica, de Thomas Mann…”. O aposentado, leitor ilustre, também é internauta, “dos bons”, cliente da Estante Virtual – site que oferta mais de 9 milhões de títulos, “incluindo difíceis e esgotados”. No entanto, mesmo com planos de adquirir seu tablet nos EUA, na próxima viagem, Clóvis não abre mão de ter um bom exemplar nas mãos. “Não acredito no fim dos livros e faço questão de continuar marcando presença na biblioteca. Na companhia dos livros, nunca me sinto só”. Em casa, não conta ou acumula títulos. Os que compra são para doação. Para ele, os livros precisam circular. “Devem estar sempre ao alcance de todos”, ensina.
Jefferson da Fonseca Coutinho

26 de ago. de 2012

A dimensão do profundo: o espírito


O ser humano não possui apenas exterioridade, que é sua expressão corporal. Nem só interioriadade, que é seu universo psíquico interior. Ele vem dotado também de profundidade, que é sua dimensão espiritual.
O espírito não é uma parte do ser humano ao lado de outras. É  o ser humano inteiro, que por sua consciência se percebe partencendo ao Todo e como porção integrante dele. Pelo espírito temos a capacidade de ir além das meras aparências, do que vemos, escutamos, pensamos e amamos.  Podemos apreender o outro lado das coisas, o seu profundo.  As coisas não são apenas "coisas". O espírito capta nelas símbolos e metáforas de uma outra realidade, presente nelas mas que não está circunscrita a elas, pois as desborda por todos os lados. Elas recordam, apontam e remetem à outra dimensão a que chamamos de profundidade.
Assim, uma montanha não é apenas uma montanha.  Pelo fato de ser montanha, transmite o sentido da majestade.  O mar evoca a grandiosidade, o céu estrelado, a imensidão, os vincos profundos do rosto de um ancião, à dura luta  da vida e os olhos brilhantes de uma criança, o mistério da vida. 
É próprio do ser humano, portador de espírito, perceber valores e significados e não apenas elencar fatos e ações.  Com efeito, o que realmente conta para as pessoas não são tanto as coisas que lhes acontecem mas o que elas significam para suas vidas e que tipo de experiências marcantes lhes proporcionaram. 
Tudo que acontece carrega, existencialmente, um caráter simbólico, ou podemos dizer até sacramental. Já observava finamente Goethe:”Tudo é passageiro não é senão  um sinal” (Alles Vergängliche ist nur ein Zeichen”). É da natureza do sinal-sacramento tornar presente um sentido maior, transcendente, realizá-lo na pessoa e fazê-lo objeto de experiência. Neste sentido, todo evento nos relembra aquilo que vivenciamos e nutre nossa profundidade. 
É por isso que enchemos nossos lares com fotos e objetos amados de nossos pais, avós, familiares e amigos; de todos aqueles que entram em nossas vidas e que tem significado para nós.  Pode ser a última camisa usada pelo pai que morreu de um enfarte fulminante com apenas 54 anos, o pente de madeira da avó querida que faleceu já há anos ou a folha seca dentro de um livro, enviada pelo namorado cheio de saudades. Estas coisas não são apenas objetos;  são sacramentos que nos falam para o nosso profundo, nos lembram pessoas amadas ou acontecimentos significativos para nossas vidas
O espírito nos permite fazer uma experiência de não dualidade, tão bem descrita pelo zenbudismo. “Você é o mundo, é o todo” dizem os Upanishads  da Índia enquanto o guru aponta para o universo.  Ou “Você é tudo”, como muitos iogues dizem.  O Reino de Deus (Malkuta d’Alaha ou ‘os Princípios Guias do Todo) estão dentro de vós”, proclamou Jesus.  Estas afirmações nos remetem a uma experiência viva ao invés de uma simples doutrina. 
A experiência de base é que estamos ligados e religados (a raiz da palavra religião) uns aos outros e todos com a Fonte Originária.  Um fio de energia, de vida e de sentido passa por todos os seres tornando-os um cosmos ao invés de caos, uma sinfonia ao invés de cacofonia. Blaise Pascal que além de genial matemático era também místico, disse incisivamente; “É o coração que sente Deus, não a razão” (Pensées, frag. 277).  Este tipo de experiência transfigura tudo.  Tudo se torna permeado de veneração e unção.
As religiões vivem desta experiência espiritual. Elas são posteriores a ela. Articulam-na em doutrinas, ritos, celebrações e caminhos éticos e espirituais.  Sua função primordial é criar e oferecer as condições necessárias para permitir a todas as pessoas e comunidades mergulharem na realidade divina e atingir uma experiência pessoal do Espírito Criador. 
Esta experiência, precisamente por ser experiência e não doutrina, irradia serenidade e profunda paz, acompanhada pela ausência do medo.  Sentimo-nos amados, abraçados e acolhidos pelo Seio Divino.  O que nos  acontece, acontece no seu amor.  Mesmo a morte não nos mete medo; é assumida como parte da vida, como o grande momento alquímico da transformação que nos permite estar verdadeiramente no Todo, no coração de Deus. Precisamos passar pela morte para viver mais e melhor
Leonardo Boff 

25 de ago. de 2012

Tapinha de amor


Lista Forbes

E a lista da Forbes das mais poderosas do mundo: 
1) Merkel 
2) Hillary 
3) Dilma 
e em 82) Gisele! 
Agora bota todas peladas e refaz a lista!
José Simão

O que queremos?

Não sabemos escolher o que nos trará felicidade. E o que queremos nem sempre é o que precisamos
Epicuro

Amor e desejo

Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro
Carl Jung

Onde está a paz?

A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.
Buda

Hora de pedir aumento

Negociar um aumento salarial pode ser mais simples do que parece. Escolher o momento certo para conversar e ter na ponta da língua resultados concretos para apresentar são os primeiros passos. É importante também estar atualizado sobre sua posição no mercado de trabalho. Mesmo assim, preste atenção nessas atitudes antes de ir falar com o chefe:

Blefar


Não use uma proposta de emprego que não existe para tentar conseguir um aumento. A honestidade é um dos pontos mais importantes em uma negociação salarial.

Apelar para o lado emocional
Falar sobre questões pessoais não é uma saída boa. Por isso, evite dramas pessoais. "A empresa não deve lhe dar aumento porque você precisa de mais dinheiro e, sim, porque seu trabalho vale mais", diz Patrícia Molino, sócia-líder da área de People & Change, da KPMG no Brasil.

Falar fora de hora

Geralmente as companhias repensam os salários uma vez ao ano. "Se você
negociou há cinco meses, por exemplo, não vale a pena tentar novamente", diz Marcia, da Manpower. 

Falta de preparo

Na ânsia de conseguir um aumento, o profissional esquece que precisa se preparar para conversar com o chefe, fazendo uma lista de suas últimas conquistas e projetos e analisando o mercado interno e externo.

Escolher a abordagem errada 


O humor do chefe é importante. Se ele está passando por um momento complicado, com muitos compromissos e reuniões, por exemplo, a chance de você conseguir uma resposta positiva é quase nula.

Ansiedade


Há pessoas que esperam um crescimento muito rápido e, sem ter bons resultados nem ideia de como a organização vê seu desempenho, procuram seu superior para negociar um salário maior.

Danylo Martins

23 de ago. de 2012

Comportamento ou história?

Mulheres comportadas, raramente fazem historia
Marilyn Monroe

Momento mágico

Seja qual for o seu sonho, comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia.
Goethe

Quando crio minha música...

Quando crio minha música, eu sinto como se fosse um instrumento da natureza.

Eu imagino que prazer a natureza deve sentir quando abrimos nossos corações e expressamos nossos talentos dados por Deus.

O som da aprovação voa pelo universo e o mundo inteiro se enche de magia.
Michael Jackson

22 de ago. de 2012

Palavras

A vida é assim, está cheia de palavras que não valem a pena, ou que valeram e já não valem, cada uma que ainda formos dizendo tirará o lugar a outra mais merecedora, que o seria não tanto por si mesma, mas pelas conseqüências de tê-la dito
José Saramago

A beleza

A beleza está em toda parte. Não é ela que falta aos nossos olhos, mas nossos olhos que falham ao não percebê-la.
Rodin

Luz...

A grande maravilha do amor é o seu profundo e divino contágio. Por esse motivo, o Espírito encarnado, para regenerar os seus irmãos da sombra, necessita iluminar-se primeiro. 
Emmanuel

21 de ago. de 2012

Rhapsody on a theme by Paganini

Mario de Andrade ausente

Alguém me perguntará em que estou pensando. Sorrirei sem dizer que em você, profundamente.
Manuel Bandeira

Ambição e preguiça

Minha ambição é prejudicada pela preguiça.
Charles Bukowski

Felicidade

Tenha a mais legítima das ambições: ambicione ser Feliz!
Augusto Cury

Ambição

Um homem que aspira a coisas grandes considera todo aquele que encontra no seu caminho, ou como meio, ou como retardamento e impedimento, ou como um leito de repouso passageiro. 

A sua bondade para com os outros, que o caracteriza e que é superior, só é possível quando ele atinge o seu máximo e domina. 

A impaciência e a sua consciência de, até aqui, estar sempre condenado à comédia pois mesmo a guerra é uma comédia e encobre, como qualquer meio encobre o fim , estraga-lhe todo o convívio: esta espécie de homem conhece a solidão e o que ela tem de mais venenoso. 
Friedrich Nietzsche

19 de ago. de 2012

Tonia Carrero completa 90 anos e se mantém reclusa no RJ


Poucos meses depois da realização da Semana de Arte Moderna de 1922, que aconteceu em fevereiro e foi um marco inconteste para o mundo artístico, nasceram duas atrizes que igualmente entrararam para a história das artes cênicas e cinematográficas. 
Bibi Ferreira no dia 10 de junho. Tonia Carrero, 23 de agosto. 
A primeira está atualmente em cartaz no Teatro Frei Caneca, em São Paulo, com o espetáculo Bibi - Histórias e Canções. Canta como uma mulher de 40 anos, embora movimente-se com cautela e vez ou outra esqueça o roteiro do show.
Tonia Carrero chega na próxima quinta-feira à mesma idade da colega, porém fora de cena. Recolheu-se, não dá sequer entrevistas mais. Amigos próximos confirmam a debilidade física da atriz, vítima de hidrocefalia, acúmulo anormal de líquido em certas áreas do cérebro. A assessoria de imprensa afirmou que haverá uma comemoração para data tão nobre, neste domingo (19), mas a festa será para poucos, muito poucos: o filho único, Cecil Thiré, 69, netos, bisnetos e convidadas como Fernanda Montenegro, Irene Ravache e Nathalia TImberg. Será na casa da atriz, no Leblon, Rio de Janeiro.
Tive a honra de fazer uma das últimas entrevistas que ela concedeu a um grande veículo, para a revista Marie Claire, há três anos. Ela ainda morava numa casa de muitos quartos, fotos, quadros e lembranças no Jardim Botânico, também no Rio, no sopé de uma montanha da região. A casa chamou atenção da equipe por ser enorme para uma senhora com aquela idade, além de possuir desníveis e uma piscina sem uso. Pelas paredes, telas de artistas que a usaram como musa. No lavabo, mais imagens de Tonia: cenas de filmes em que ela brilhou, como Tico-Tico no Fubá(dirigido por seu ex-marido em 1952, Adolfo Celi). Mesmo para uma senhora de 87 anos, Tonia guardava, naquele momento, o que muitas estrelas de cinema buscavam em cada registro imagético: carisma e uma beleza acima de qualquer padrão. "Não, não sou bonita hoje. Sei disso e já não me importa o físico. Apenas o intelecto", disse para quem vos escreve à época.
Tonia, formada em Educação Física, sabia o quanto era deslumbrante. Conquistou homens e oportunidades com essa arma, e nunca negou isso. Ao contrário, assumiu e não vê qualquer demérito nisso. Começou a carreira em 1947 com o filme Querida Susana (dirigido por Alberto Pieralisi). Causou impacto imediatamente simplesmente sorrindo e iluminou tudo ao redor. Seguiram-se outros 37 longas, 16 novelas e 19 espetáculos. O último momento dela no cinema foi em Chega de Saudade, de Laís Bodansky, há três anos. O último espetáculo, Chega de História, dirigida por Fauzi Arap, dividindo cena com Nilton Bicudo. Assim, ela encerrou sua carreira com dois chegas para lá, dois bastas. Para ela, foi mais do que suficiente.
João Luiz Vieira

A vida secreta de Michael Jackson


Secretário particular conta em livro que o popstar se casou por exigência de um príncipe saudita, teve uma namorada misteriosa, foi pressionado pela gravadora a escurecer a pele e curtia travessuras como invadir a Disney de madrugada

O barulho no banheiro da suíte do hotel podia ser ouvido de longe. Michael Jackson estava quebrando tudo. Ao invadirem o aposento, seus assessores o encontraram deitado no chão, aos prantos, tentando esconder o rosto: “Eles acham que sou feio. Querem colocar massa plástica no meu nariz.” E passou a repetir: “Eles acham que sou um monstro.” 
Esse episódio aconteceu em 2001, no lançamento do CD “Invencible”, que marcou a volta do popstar ao mundo artístico, após uma década de constantes adiamentos de um novo trabalho. A pressão da gravadora Sony era grande. Dependente de analgésicos e cercado de aproveitadores, Jackson estava perdendo o controle de sua carreira de recordes e 750 milhões de discos vendidos. Os executivos queriam que o cantor ficasse mais moreno. Desejavam também que o seu nariz se tornasse mais adunco. 
Tudo isso não é invenção de escritor de biografias não autorizadas. Essa história é verdadeira e foi presenciada por uma pessoa que­ conviveu com Michael Jackson por 25 anos, desde que foi apresentado a ele ainda garoto até ganhar o cargo de confiança de secretário particular. Trata-se de Frank Cascio, que narra sua convivência com o astro no livro “Meu Amigo Michael” (Sextante), reunião de fatos inéditos e surpreendentes que ajudam a compor o perfil de uma das personalidades mais controvertidas de nossa época.
Andrógino, angelical, assexuado? Cascio, 33 anos, avança no terreno da ambígua sexualidade de Jackson e afirma que ele tinha atração por mulheres. “Michael gostava das altas e magras, que eu descreveria como ligeiramente nerds”, escreve o ex-secretário. “Certa vez, em Londres, eu estava em sua suíte quando ele trouxe uma amiga. Eles ficaram cerca de uma hora no quarto e, quando saíram, sua calça estava desabotoada.” Cascio revela, ainda, um romance que passou ao largo das câmeras dos paparazzi e que teria sido o mais calmo e estável de sua vida. O relacionamento durou todo o ano de 2000. Sobre a garota, ele sabe apenas que se chamava Emily. 
Era morena, tinha entre 30 e 35 anos e se tornou frequentadora de Neverland, o famoso rancho que o “rei do pop” mantinha na Califórnia. Cascio, contudo, acha que não havia sexo entre o casal: “Eles simplesmente gostavam de passar o tempo juntos, conversando, passeando, ficando à toa no quarto dele”. Dormir no mesmo aposento, no entanto, nem pensar: “Michael não queria que ela fosse vista saindo de lá pela manhã”. O autor colecionou outras confidências amorosas. Ao contrário de Emily, a primeira mulher de Jackson, Lisa Marie Presley (filha de Elvis), consumou o casamento com o astro. “Eles tiveram relações sexuais.
Michael me disse”, garante ele, hoje um empresário da área de entretenimento. A união, que terminou em divórcio após um ano e meio, foi marcada por brigas e desavenças que Jackson resolvia à sua maneira peculiar. Era estourar uma discussão e o artista começava a aplaudir a mulher freneticamente até que ela desistisse da última palavra. Um belo dia, Lisa o deixou batendo palmas sozinho. 
O que agora vem à luz é que tanto essa união como a seguinte, com a enfermeira Debbie Rowe, mãe de Prince e Paris, se deram por “razões profissionais”: “Ele tinha negócios com o príncipe Al-Waleed Bin Talal (magnata saudita), conhecido como o ‘Warren Buffett das Arábias’. Eram sócios numa empresa recém-fundada chamada Kingdom Entertainment. Segundo Michael, o príncipe e seus parceiros gostavam de tratar com homens de família, então queriam que ele fosse casado. Especialmente após as acusações de 1993 (primeira suspeita de pedofilia).”
Jackson achava que o casamento fora dessa visão “empresarial” era arriscado, pois considerava injusto dividir a fortuna em futuras separações: “Não posso namorar qualquer pessoa. Na minha situação, em quem posso confiar?” Na lista das confiáveis, sempre esteve a princesa Diana. Quando Jackson puxava a conversa para esse campo, o ex-secretário fazia piadas. Provocava-o dizendo que o máximo que ele poderia fazer com as mulheres seria convidá-las para jogar videogames ou ver desenhos animados. 
O conhecido complexo de Peter Pan do cantor é ilustrado com passagens inacreditáveis. Que ele gostava de se comportar como criança é mais do que sabido. O que não se conhecia era a perversidade que movia essa fuga no mundo infantil. Antes de ser pai de Prince, Paris e Blanket, Jackson costumava convidar crianças para compor a sua entourage nas turnês. Cascio e seu irmão Bennie eram os prediletos. Numa dessas viagens, hospedados em um hotel israelense em Tel-Aviv, ele propôs aos meninos: “Vamos detonar o quarto.” Foi como se um furacão tivesse passado no lugar. “Como golpe de misericórdia, Michael tomou impulso e jogou um garfo contra uma pintura”, lembra Cascio. 
Quando a conta vinha, o cantor ficava caladinho. Quem levava a culpa eram os garotos. Outra história se deu no sul da França, quando encontrou o citado príncipe saudita e proporcionou a Cascio, que havia quatro meses o acompanhava em viagens, uma partida de pingue-pong numa mesa feita totalmente de ouro. Nesse hotel, Jackson aprontou mais uma. Ao ver hóspedes jantando alegres e bem trajados, reuniu a turma mirim e, do alto do mezanino, atirou água em todos, valendo-se de um balde.
Com o poder e a fortuna que tinha, o astro conseguia abrir, em horários absurdos, lojas de brinquedos só para satisfazer a fantasia de seus amiguinhos, chamados “primos”. Nada lhe dava mais prazer, no entanto, que a transgressão inconsequente. Numa temporada em Paris, ele resolveu dar um presente especial a Cascio e outros hóspedes menores. Levou-os de madrugada para visitar a Euro Disney, mas não usou de seu habitual prestígio. Simplesmente invadiu o local. Despistando-se dos funcionários, entrava com os companheiros nos brinquedos, em funcionamento para manutenção. Ao se aventurar no “Piratas do Caribe”, não conseguiu manter-se na canoa e caiu no lago. Os meninos aproveitaram e roubaram alguns tesouros dos piratas. “Nós éramos crianças mas, no que diz respeito aos impulsos dele, às vezes precisávamos ser os adultos”, avalia Cascio.
A chegada dos filhos não amenizou suas traquinagens. Ao contrário, os rebentos passaram a ser vistos como rivais. Cascio conta, por exemplo, como Jackson disputava os brinquedos com Prince, o primogênito. Uma tarde, ao receber convidados em Neverland, o menino apontou para o trenzinho usado para circular no rancho e disse às pessoas: “Olhem a minha locomotiva.” Jackson corrigiu o filho, irritado: “Sua não, minha.” Por um lance do acaso, no entanto, esse mundo cor-de-rosa começou a ruir. Os nervos de Jackson entraram em frangalhos por causa de pressões e cobranças vindas de todos os lados. Mais do que as acusações de pedofilia, o que pesou no crescente quadro de angústia e depressão foi, segundo o ex-secretário, a sua dependência de analgésicos. 
Até a publicação do livro não se sabia dos detalhes desse vício. Cascio relata a primeira vez que o viu delirar sob efeito de demerol, droga usada após o acidente no comercial da Pepsi, que o ajudava no alívio da dor e no sono. Se não dormisse, falava coisas desconexas. “No meio de uma conversa, disse algo muito estranho: ‘Mamãe, quero ir à Disneylândia ver o Mickey Mouse.’ Eu fiquei espantado, confuso.” Em outra ocasião, quando brincava com Cascio e o seu irmão Eddie na jacuzzi de um hotel em Santiago do Chile, afundou na água e não voltou. Adormeceu submerso e, por pouco, não morreu.
A situação piorou a partir de 1999, em decorrência do acidente em que machucou as costas ao cair de uma altura de 15 metros durante um show em Munique, na Alemanha. Ele começou a usar um medicamento ainda mais forte e perigoso, o propofol, indicado como anestésico em cirurgias. Cascio conta sobre a primeira vez que o viu se submetendo ao procedimento. A aplicação se deu no próprio hotel, após o show: “Somente um anestesista pode administrá-lo, e havia dois médicos presentes porque o medicamento é tão forte que a pessoa que o recebe precisa ser monitorada de perto.” Jackson costumava dizer a Cascio que morreria baleado. Ele lembra ao final do livro: “A diferença entre levar um tiro e morrer por conta de uma injeção é que a segunda envolve uma escolha, uma decisão consciente.”
Ivan Claudio

17 de ago. de 2012

olha a gula

A gula é uma fuga emocional, um sinal de que algo está nos comendo.
Peter De Vries

Descendencias

O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele.
Friedrich Nietzsche

A melhor parte da beleza

A melhor parte da beleza é aquela que nenhum retrato consegue expressar.
Francis Bacon

Campanha - Proibição álcool

Em 1919, uma campanha a favor da proibição do álcool nos EUA mostrava a foto abaixo:

"LÁBIOS QUE TOCAM BEBIDA, NÃO TOCARÃO OS NOSSOS"

Olhando bem para elas e responda: 

Você acha que alguém parou de beber?

O negócio é jogar pôquer


Jogo de cartas mais popular do mundo sintetiza estratégias do mundo corporativo e traz importantes ensinamentos para executivos

Imagine uma partida de pôquer entre Barack Obama, Bill Gates e os militares da Guerra Civil Americana. A cena inspiraria um roteiro de filme, não fosse sua importância em momentos emblemáticos da história política e econômica dos Estados Unidos. O jogo de cartas difundido mundialmente ganha espaço nas mesas de negócios, ao reunir aspectos essenciais para a estratégia empresarial.

Apreciador do pôquer, o professor universitário, palestrante e profissional de treinamentos organizacionais William Shibuya tornou-se um especialista na associação do jogo com o mundo dos negócios. “Avaliação constante de risco e retorno no longo prazo, análise do ambiente competitivo, tomada de decisão com informações parciais, plano de comunicação e inteligência emocional. Todas essas características estão nas mesas de pôquer, de maneira integrada e ampla”, diz.

O pôquer também contribui para exercitar as habilidades estratégicas de forma intensiva ao aplicá-las a um plano, descobrindo erros e se ajustando à realidade. “Você pode abandonar a mão, continuar do jeito que está ou aumentar a aposta. Os jogadores qualificados não investem em situações em que o ganho esperado ou o risco não compensa, mas agem agressivamente quando o cenário é favorável”, exemplifica.

Militares, políticos e empresários

Há exemplos clássicos da utilização do pôquer em diversas áreas:

•    Líderes militares da Guerra Civil Americana (1861-1865), Robert Edward Lee e Nathan Bedford Forrest exploravam táticas do jogo para vencer adversários em inferioridade ou forçar a rendição usando o blefe. 

•    O plano de recuperação econômica lançado após o crash na Bolsa de Valores em 1929 foi batizado como New Deal, expressão que representa a redistribuição das cartas no pôquer, o que renova as esperanças dos perdedores.

•    O caminho do presidente do norte-americano Barack Obama até a Casa Branca teria começado em sessões semanais de pôquer no estado de Illinois, ao lado de democratas e republicanos, como forma de quebrar resistências entre os políticos locais.
 
•    O CEO da Microsoft, Steve Ballmer, revelou que o plano de negócios da gigante da informática foi concebido em noitadas de pôquer ao lado de um colega de faculdade, Bill Gates. 

Shibuya observa que, no pôquer, o status tem seu valor, mas o que conta é o desempenho financeiro e o gerenciamento de risco. “A Microsoft nunca almejou inovação e riscos, como a Apple, mas acumula uma história de grandes resultados financeiros”, compara.

Enquanto isso, o Brasil ainda está atrás no placar. Pela instabilidade econômica que o país enfrentou por muito tempo, o brasileiro não está acostumado a pensar no longo prazo e comumente atribui o sucesso à sorte ou a um esquema eticamente questionável. “Ele considera o blefe uma trapaça, quando na verdade é um investimento ousado para afugentar competidores”, diz o professor, lembrando que a indústria cinematográfica aplica a estratégia do pôquer aos grandes lançamentos, ao anunciar a época em que serão exibidos antes de estarem prontos. “Dificilmente a concorrência lançará seu filme na mesma data. Mas essa estratégia só funciona quando se tem credibilidade”, explica.

Shibuya entende que a prática do jogo consiste em ver não só o que está à sua frente, mas também o que está ao lado e ao redor. “No Brasil, ainda prevalece a especialização profissional. A estratégia entende que o objetivo é harmonizar ao invés de conflitar, mas poucos empresários vislumbram esse cenário. São gênios comerciais, mas não sabem manter seu orçamento sob controle”, conclui. 

10 mandamentos do pôquer

1.    Sempre há risco; a questão é qual assumir.
2.    Quanto mais informações, menor o risco.
3.    Apostar mais do que deveria para ter o mesmo retorno é ineficiência.
4.    Deixou de ganhar quando poderia, perdeu dinheiro.
5.    Analise o ambiente. Identifique os competidores, as ameaças e as vítimas.
6.    Entenda a missão e o perfil de cada jogador: ele pode ser um cliente ou parceiro.
7.    Vislumbre os cenários possíveis e avalie suas consequências.
8.    Você sempre estará em busca de novas informações.
9.    Entenda e se interesse pelas pessoas que estão jogando com você. Mas pratique o autoconhecimento, entendendo qual a sua situação em cada cenário do jogo.
10.  Comunicação envolve gestos, entonação, ação, vestimenta e linguagem corporal.
HSM


16 de ago. de 2012

József Lendvay - Monti: Csárdás

Quando minha mulher virou um monstro


Minha filha mais velha chegou outro dia da escola com o livro “Quando mamãe virou um monstro”, de Joanna Harrison. O livro é ótimo. Quem não quiser ter a surpresa estragada pare de ler agora este texto porque vou contar do que se trata.
O livro narra a história de uma mãe que, sozinha para fazer tudo e confrontada com um casal de filhos desobedientes-da-pá-virada, surta. Distribui broncas, reclama e, à medida que sua irritação vai tomando conta, os cabelos vão se transformando em cobras, um rabo verde enorme nasce e as mãos viram garras.
A metamorfose – que pode acontecer nas melhores famílias – só estanca quando mamãe cai em si, senta arrasada e chora. “Eu virei um monstro…”. Penalizados, os filhos entram nos eixos. Arrumam a casa toda e mamãe fica feliz.
Até que chegam as visitas para o lanche, os primos dão de fazer besteira à mesa, a mãe deles começa a chamar a atenção das crianças e lá está o rabo verde crescendo na tia também.
Li a história para minhas duas filhas. “Viu o que acontece com as mães quando os filhos desobedecem demais?”. A mais velha, de 6 anos, riu, e a pequena, de 3, chorou. “Eu num quelo que você vile um monstro…’. E chorou, aos berros, muito sentida. Eu, como a Rosa, fiquei despedaça. “Filhinha, isso é uma brincadeira. Mamãe nunca vai virar um monstro de verdade…” O livro deveria ter vindo com um recomendação, tipo idade mínima, 4 anos, sei lá.
Apesar do choro, volta e meia ela, a mais nova, pede para eu contar a história do dia em que mamãe virou um monstro, mas sem fingir que sou o monstro. Ou seja, estou proibida de interpretar. Ela quer uma história o mais jornalística possível. Mera narração dos fatos. O livro é genial porque é bem didático, sobretudo por causa das ilustrações, como um bom livro infantil. Criou uma ótima metáfora para aquilo que todas sentimos no auge da irritação e deixa uma lição de moral subliminar mas explícita: paciência tem limite.
E quando as mulheres viram monstros, provocadas por maridos ausentes, imprestáveis ou desligados? Costumo dizer que basta um homem omisso para ajudar a criar uma mulher autoritária. Quantas mulheres estão por aí, neste momento, virando monstros porque os maridos…
- Fingem não ouvir quando os filhos pequenos chamam várias vezes de madrugada;
-  Sentam calmamente para assistir ao jogo enquanto mamãe-monstro corre para lá e para cá, sozinha, para arrumar os três filhos para a festinha que vai começar em 15 minutos;
- Perguntam pela enésima vez onde afinal está a roupa da criança, embora ela tenha separado uma muda de roupa em cima da cama enquanto tenta tomar um banho em paz;
- Nunca sabem preparar o lanche, o prato do jantar nem a temperatura da água da banheira;
- Nunca lembram de dar o remédio diário se ela não deixar bilhete por escrito;
- Ficam irritados porque ela demorou dez minutos a mais no salão;
- Porque nunca podem sair mais cedo do trabalho para ir à reunião na escola;
- Porque nunca podem entrar mais tarde no trabalho para levar o filho ao pediatra;
- Porque são sempre os bonzinhos da parada, nunca repreendem, nunca brigam e deixam o papel de cerceadora para a mãe;
- Porque, em vez de fazerem valer a autoridade paterna, preferem mandar recadinhos pela mãe;
- Porque na vez deles de ficarem com as crianças optam sempre pela opção mais fácil: levam para almoçar num fast food, deixam a televisão ligada direto e só lembram de dar banho porque mãe-monstro ligou irritada para saber se estava tudo bem;
 Você lembra de mais alguma situação  que faz a mulher virar um monstro?
Isabel Clemente

O carro mais caro do mundo

Bastou um articulista norte-americano da revista Forbes ironizar o status que o brasileiro dá ao automóvel para que a discussão em torno do custo que pagamos pelo carro voltar à tona nas redes sociais e debates de economia pelos quatro cantos do país. Afinal de contas, por que um mesmo carro que lá fora custa X, aqui no Brasil é vendido a 3X? 

A resposta comum e que há muito tempo não sai do discurso das montadoras é a carga tributária elevada, que dificulta a competitividade dos modelos produzidos no país em relação aos importados. O que também tem deixado muita gente intrigada é o fato de que carros fabricados no Brasil são vendidos em países vizinhos com preços bem abaixo do que os praticados aqui. 

Um exemplo é o recém-lançado EcoSport. Produzido na Bahia, o jipinho é vendido no país de origem por R$ 53 mil na versão de entrada. Pois saiba que os chilenos pagam pelo mesmo carro o equivalente a R$ 28 mil (preço de carro popular no Brasil). Mas será que a culpa por toda essa diferença de preços é a carga tributária? Todos sabem que os impostos sobre automóveis no Brasil são bem mais altos do que na Europa ou nos Estados Unidos. 

Segundo a Anfavea (associação que representa os fabricantes nacionais), os tributos equivalem a 30,4% do preço médio de um carro no Brasil. Já em países como Alemanha, França e Itália, a proporção varia entre 15% e 17%. Ela é ainda menor nos Estados Unidos (6,1%) ou no Japão (9,1%). 

Mesmo essa diferença de tributação não justifica o abismo entre os preços dos carros vendidos no Brasil e em outros países. O professor de economia da Faculdade Boa Viagem, Roberto Ferreira, explica que vários fatores influenciam no preço final de um carro, como taxas, margens de lucro e a cultura do brasileiro de ligar o automóvel ao status. “Parte dos brasileiros dá mais valor à aparência do que ao conteúdo. Há também a questão dos novos ricos, que querem mostrar ascensão através do automóvel”, resume. 

Se pegarmos como exemplo o carro mais vendido do mundo, o Toyota Corolla, que por aqui custa em torno de R$ 70 mil e é considerado carro de classe média alta ou novo rico, nos Estados Unidos o mesmo modelo pode ser comprado por pouco mais de US$ 16 mil, o que equivale a cerca de R$ 32 mil (no câmbio atual). Uma justificativa para a diferença entre os valores praticados lá fora e aqui é o contestado “Lucro Brasil”. Um estudo feito no ano passado pelo banco de investimentos Morgan Stanley, da Inglaterra, apontou que algumas montadoras instaladas no Brasil são responsáveis pela fatia mais gorda do lucro mundial de suas matrizes. Ironia e verdade 

Outro fator importante - e onde entra a “tiração de onda” do articulista da Forbes - é que nós pagamos (sem reclamar) o preço que as montadoras determinam pelos carros. O status que o brasileiro dá para o automóvel é algo único no mundo. O que deveria ser um meio de transporte para atender às necessidades para cada tipo de pessoa ou família se transformou em um símbolo de ascensão social. Os exemplos dados pelo autor do artigo da Forbes, Kenneth Rapoza, são perfeitos para ilustrar a vaidade dos brasileiros quanto aos automóveis. 

“Alguém pode imaginar que pagar US$ 80 mil por um Jeep Grand Cherokee significa que ele é equipado com rodas folheadas a ouro e asas. Mas, no Brasil, esse é o preço de um básico”, ironiza o jornalista. Segundo ele, o modelo citado é só mais um carro comum nos Estados Unidos, enquanto no Brasil se confunde qualidade com preço alto, o que justifica se pagar R$ 189 mil no Grand Cherokee. 

E o veneno do jornalista da Forbes vai mais longe ao afirmar que “os brasileiros estão sendo roubados”. “Desculpem, ‘Brazukas’, mas não há nenhum status em um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand Cherokee ou Dodge Durango. Não sejam enganados pelo preço da etiqueta. Vocês definitivamente estão sendo roubados”. Impostos, alta margem de lucro ou status. Não se pode apontar apenas um como motivo ou vilão para o Brasil ter o carro mais caro do mundo. “Se temos automóveis com preços altos é porque tem quem pague”, conclui o professor de economia, Roberto Ferreira. 
Bruno Vasconcelos

13 de ago. de 2012

Relaxar e viver o momento é impossível


Escolhas passadas e a busca por boas recompensas faz com que reavaliemos constantemente as decisões a serem tomadas

Tentar "viver o momento”, pode ser impossível, de acordo com neurocientistas da Universidade de Pittsburgh, Dukle e Vanderbilt, nos Estados Unidos. 
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão mapeando áreas do cérebro de macacos responsáveis pela tomada de decisões e pela avaliação de resultados. Concluiu-se, então, que a atividade cerebral é formada por pensamentos sobre o que já ocorreu e do que ainda está por vir. A pesquisa foi publicada no periódico científico Neuron.
“Por que nossos pensamentos não são independentes um do outro? Por que nós não conseguimos apenas viver o momento? Para uma pessoa saudável, é impossível viver o momento. É agradável dizer que temos que aproveitar o dia e desfrutar a vida, mas nossas experiências anteriores são muito mais ricas do que isso e elas nos conduzem”, diz  Marc Sommer, autor do estudo quando estava na Universidade de Pittsburgh e, agora, professor na Universidade de Duke .
Esta é a primeira pesquisa que avalia os sinais emitidos por neurônios associados à metacognição, que é a capacidade de monitorar e controlar a cognição, ou "pensar sobre pensar". “O cérebro tem que manter o controle das decisões e dos resultados que essas decisões produzem", diz Sommer. “Você precisa da continuidade do pensamento. Estamos sempre tomando decisões ao longo da vida, pensando em outras coisas. Acreditamos que isso ocorre de uma forma análoga ao processamento da memória.”
A tese de Sommer era a de que a atividade neural ligada à metacognição ocorria na mesma área responsável pela cognição em si — que é o córtex frontal, parte do cérebro ligada à expressão da personalidade, à tomada de decisão e ao comportamento social. 
Mapeamento — Para comprovar sua teoria, Sommer e seus colegas estudaram neurônios em três regiões frontais do córtex de macacos vivos: o campo frontal dos olhos (responsável pela atenção visual e pelos movimentos dos olhos), o córtex pré-frontal dorsolateral (responsável pelo planejamento motor, organização e regulação) e a área suplementar do campo dos olhos (chamada de SEF, envolvida no planejamento e controle dos movimentos oculares rápidos e também ao monitoramento do desempenho, do conflito interno e da auto-recompensa).
Eles, então, submeteram os macacos a tarefas de tomadas de decisões visuais, que envolviam luzes piscando aleatoriamente e uma luz dominante, em um quadrado de papelão. Eles tinham que lembrar e mostrar onde a luz dominante aparecia e adivinhar se estavam corretos. Os pesquisadores observaram que todas as regiões mapeadas nesse processo estão relacionadas à tomada de decisões, mas que a atividade metacognitiva ocorria só na SEF.
Auto-recompensa — “O SEF é uma área complexa do cérebro relacionada com aspectos motivacionais do comportamento”, diz Sommer. “Se pensarmos que vamos receber algo de bom, a atividade neuronal tende a ser elevada no SEF. As pessoas querem as coisas boas da vida, e para continuar recebendo essas coisas boas, elas têm que comparar o que está acontecendo agora com as decisões tomadas no passado.”
A compreensão da consciência é um tema ainda a ser muito explorado pelos neurocientistas. Ao estudar a metacognição, ele diz, é possível examinar como um processo cognitivo influencia o outro.
Doenças neurológicas — Sommer acredita que o estudo poderá ser aplicado em pesquisas com pessoas com problemas mentais. “A esquizofrenia e a doença de Alzheimer estão relacionadas ao processo de formação do pensamento, que é constantemente interrompido. Eles têm dificuldade de manter um fluxo de pensamento e memórias de decisões tomadas para orientar o comportamento posterior, sugerindo um problema com a metacognição.”
Fonte: Revista Veja

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