A maioria de nós leva uma vida bastante agitada: muita coisa para pensar, para resolver e fazer. O cotidiano e suas tarefas, muitas vezes, nos “engolem” e quase não nos resta tempo para refletirmos sobre nós mesmos.
Mas o fim do ano costuma ser uma época em que as pessoas estão mais dispostas a pensar nas suas vidas. Por isso, este momento precisa ser bem aproveitado, pois a reflexão é capaz de trazer à consciência nossos erros e acertos para, assim, podermos fazer um balanço adequado do que já vivemos.
Mas como fazer essa análise? Inicialmente, você pode resgatar na memória os fatos mais importantes vivenciados, tentar analisa-los de forma objetiva, sem cair na armadilha de sentir culpa - nem de si, nem dos outros.
Há pessoas que funcionam melhor escrevendo, outras ouvindo, outras apenas pensando. No entanto, colocar as ideias no papel pode ajudar a organizar o pensamento. O mais importante é gerar reflexão. Então, questione-se: “Eu atingi minhas metas? O que não alcancei? Por que não consegui?”.
Após este momento de verificar o passado, trazer as experiências à consciência e fazer o balanço do que se foi, está na hora de olhar para o futuro. E traçar boas metas é o melhor modo de planejar o próximo ano. Mas o que é traçar boas metas? O primeiro passo é saber o que se quer de verdade. Por exemplo, se quero emagrecer, mas não quero ter que fazer sacrifícios para isso, tenho que, primeiro, me perguntar o que é mais importante: emagrecer ou satisfazer meus desejos imediatos? Se não quero ter que controlar esses desejos, então, a meta de emagrecer não é real.
Traçar boas metas também significa conseguir estabelecer objetivos que dependam de nós e não da sorte, nem de outras pessoas. Ainda é importante que se pense o que pode ser melhorado levando em conta os limites pessoais, por exemplo, se eu sou uma pessoa mais emotiva, não adianta querer agir como uma pessoa extremamente fria. É possível ter como objetivo que eu seja um pouco mais racional, mas existe um limite.
Depois de traçadas as metas, é importante estabelecer um plano de ação, ou seja, um planejamento estratégico constituindo passos, colocando prazos até atingir os objetivos. Deixe seus planos em local visível e sempre os consulte e reavalie, periodicamente, tanto as estratégias, quanto as metas, adequando-as a cada nova descoberta, aprendizagem e momento de vida. Nem sempre a meta estabelecida no início do ano faz sentido no final dele.
E como de fato conseguir executar nossas metas? Uma dica útil é ter aliados, pessoas em quem confia e que podem te incentivar, motivar, e dar bons conselhos. Entretanto, mesmo com incentivos externos, muitas vezes somos tomados pelo comodismo ou preguiça. Como podemos nos ajudar, então? Podemos treinar nossa vontade e, com isso, ganhar mais domínio sobre nós mesmos e, assim, sermos menos acomodados e preguiçosos.
E para treinar nossos anseios, devemos fazer a eliminação de alguns desejos todos os dias, ou seja, deixe de fazer algo que traria satisfação - se isto não causar danos a você ou aos outros. Esta não-realização deve apenas privar do conforto ou do prazer, sem prejudicar o dia-dia. A cada não-realização de desejo, estamos fortalecendo a relação entre minha parte consciente e outra que trabalha no “piloto automático”, que se caracteriza pelo desejo realizado de forma instintiva, sem implicação de um processo consciente.
Desta maneira, você é capaz de canalizar sua vontade para as coisas realmente importantes na sua vida. Se tivermos nossa força de vontade fortalecida como um todo, além de maior consciência de nossos atos, com certeza seremos mais capazes de atingirmos nossas metas!
Sandra Okajima
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