12 de set. de 2014

Pulseiras coloridas falsificadas podem trazer riscos à saúde

Moda entre crianças e adolescentes, pulseiras coloridas personalizadas que são vendidas no comércio popular e também pela internet se tornaram alvo da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).

A entidade pediu nesta quarta-feira (10) que o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça e o Procon fiscalizem e recolham os elásticos e os acessórios usados para fazer as pulseiras.
O problema são as falsificações das pulseiras da marca americana Rainbow Loom. Segundo o site da empresa, os produtos falsificados podem conter chumbo e outras substâncias prejudiciais.

De acordo com a Proteste, análises com os produtos feitas no Reino Unido apontaram que as pulseiras podem ter até 40% de ftalato, substância química usada para dar mais maleabilidade ao plástico. O limite é de 0,1%.
Assim como o bisfenol A, o ftalato é um desregulador endócrino porque imita a ação de certos hormônios naturais do organismo.

No Brasil, a marca de brinquedos Estrela vende o produto Fábrica de Pulseiras (R$ 59,99) que, segundo o Inmetro, é seguro. O brinquedo passou por testes e sua concentração de ftalatos está dentro dos limites.
A estudante Luisa Machado Saldanha, 12, chegou a usar as pulseiras falsificadas, mas notou que os produtos eram de baixa qualidade. "Os elásticos eram muito ruins e saiu tinta deles quando tomei banho. Todo mundo na escola está usando, mas muita gente compra na rua 25 de março e na Liberdade [bairro de São Paulo]", diz.

Ela conta que passou a encomendar as pulseiras da Rainbow Loom a parentes que viajam aos EUA. A empresa publicou uma página em que mostra as diferenças entre o produto original e as versões: http://www.rainbowloom.com
Mariana Versolato

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