15 de jul. de 2008

Críticas


O mundo masculino apresenta, seja por qual motivo for, muitas diferenças do feminino.

O homem pensa de maneira mais abstrata, é fascinado com mecânica, volta-se mais para o futuro, tem um gosto exacerbado pelo dinheiro e valoriza a independência.

A mulher é mais concreta porque é mais sensível e emocional, apega-se ao dia-a-dia, apresenta traços de dependência e é obsessiva por segurança.

Essas diferenças são complementares, enriquecedoras, construtivas se a mulher e o homem se amam, se respeitam e estão, portanto, do mesmo lado. Por que considerar inimigo alguém que pensa diferente de mim, que percebe o mundo de maneira diversa e que apenas está sendo ela própria? O partido único é sempre sufocante e escravizante. Homem não é o contrário de mulher. Eles são apenas diferentes, mas profundamente semelhantes. Considerar o outro como oponente é resultado de não perceber que tanto o homem quanto a mulher pertencem à mesma categoria: Gente.

O machismo e o feminismo são doenças históricas da miopia da visão de antagonismo entre o feminino e o masculino. A partir desta distorção, o relacionamento entre namorado e namorada, entre marido e mulher se torna hostil, de muita rivalidade e, às vezes, violento e cruel. E como se materializa isto? Ou, em outras palavras, quais os inimigos da relação amorosa? O primeiro destaque é a crítica. Os amantes se acham no direito de se julgarem mutuamente. A crítica, além de não promover nenhuma mudança na pessoa, desgasta o relacionamento à medida em que produz culpa e medo no criticado.

Uma das melhores coisas do amor é se sentir acolhido, aceito, relaxado diante do amante. A crítica contínua debilita nossa auto-estima, reforçando em nós uma crença que já trazemos socialmente: de que estamos na vida não para vivermos e sermos felizes e sim para não errarmos. Fomos julgados durante toda a nossa infância pelos adultos e, pela lógica infantil, aprendemos que, ao ser adultos, devemos criticar. A crítica é um mecanismo de defesa para não sermos criticados. Atacamos para não sermos atacados.
Antônio Roberto

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