
Condenou com veemência a conspiração de silêncio que, na mídia, nas academias, e nos parlamentos, teimava em não abordar a questão da fome no país.
A inserção da temática da fome no panorama político, científico e moral no Brasil deve-se aos seus incansáveis esforços.
A seu respeito, afirmou Darcy Ribeiro: “Josué é uma das pessoas que eu mais admiro. Eu digo mesmo que Josué é o homem mais inteligente e mais brilhante que eu conheci..."
Travou a sua batalha pela erradicação da fome desde o começo dos anos 30 até a década de 70,
vindo a falecer em 1973. Entregou sua existência efêmera de sessenta e cinco anos de vida a uma das causas mais nobres, - a promoção da dignidade humana.
Pela enorme consideração e cuidado que sempre manifestou pelos pobres, o médico pernambucano é lembrado hoje como o profeta dos excluídos.
Em setembro de 2008 comemorou-se o centenário de nascimento de Josué de Castro que nsaceu em 1908.
Influente médico, professor, sociólogo, escritor, intelectual, humanista, ativista brasileiro, nordestino, humano.
“Só a participação cidadã é capaz de mudar o país.” Betinho (1935 – 1997)
Crianças que nada podem fazersenão esperar. Uma longa e penosa espera.
Por trás das frias estatísticas oficiais que camuflam a verdade, Existem tragédias particulares que se perdem na frieza dos números. As emboscadas das estatísticas oficiais revelam com pompa as melhoras econômicas e sociais, mas escondem e não fotografam os rostos daqueles que, a despeito de tudo, ainda sobrevivem do lado mais rasteiro dos gráficos. 14 milhões de brasileiros.

O programa apenas alcançará os seus objetivos com a participação da sociedade. Para os que queiram ajudar, há também a aridez das condições de vida de tantas e tantas crianças nas periferias de toda cidade grande...
Se cada um de nós cuidar dos interesses da nossa família biológica apenas, as crianças necessitadas jamais conseguirão se levantar do chão. Pois elas dependem da mão amiga de um estranho que as enxergue, que se compadeça, e socorra. Devemos ter em mente que ao praticarmos a Caridade e a Compaixão, estamos regando e fortalecendo também a nossa própria alma...
É no encontro com o oprimido, o sedento, o faminto, o nu, que nos aproximamos, por meio do gesto amoroso, do nosso Criador.
“Tive fome, e destes-Me de comer; Tive sede, e destes-Me de beber; Era estrangeiro, e hospedastes-Me; Estava nu, e vestistes-Me; Adoeci, e visitastes-Me...”
“Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes Meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a Mim o fizestes.”
Quem ama não mata, não humilha. Quem ama socorre, ampara.
Frágeis corpos modelados pela fome. Crianças que falam a nossa língua, mas que habitam um mundo tão distante. O mundo da exclusão, da espera, da resignação, da fome.
Sempre que o amor e a justiça se fazem ausentes resta a desolação, a seriedade precoce impressa nos olhares.A indisfarçada vergonha dos que, sentindo fome, não têm o que comer. Um punhado de farinha de mandioca ralada. Mais uma noite, seguida por outro dia igual. Dores caladas. Olhares que pedem esperança, dignidade. Que a espera por aquilo que sacia a fome, e que concede a dignidade, possa ser breve...
O programa “UNICEF e o Semi-árido Brasileiro” conta com o apoio e as doações de particulares.
As quantias recebidas são destinadas à melhoria das condições de vida, alimentação, saúde, educação, das crianças do Nordeste brasileiro. Para saber mais sobre o programa “UNICEF e o Semi-árido Brasileiro”, e sobre como ajudar, escreva para: semiarido@unicef.org.br ou futurocrianca@unicef.org ou acesse: http://www.unicef.org.br clique em “Onde atuamos”, e “Semi-árido”
Um outro mundo é possível.
“Mudar é difícil, Mas não é impossível.” Paulo Freire
“Não te deixes desiludir pelo mundo que te cerca. Saiba que és chamado a transformá-lo.” Frei Betto
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