4 de mar. de 2009

O jogo nos relacionamentos


Há duas formas básicas de estarmos em um relacionamento: cooperando ou competindo. Em estado de dança ou de luta. Quando vemos um casal dançando, algumas coisas nos chamam a atenção: estão abraçados, juntinhos, sincronizados nos passos e no ritmo, alegres e combinados. 

Quando assistimos a uma luta de boxe, o cenário é outro: os lutadores estão separados e quando se aproximam é para destruir o outro. Estão tensos, raivosos. Estão em campos opostos. O casamento, pela própria essência, como instituição afetivo-sexual, deveria ser regido pelos princípios da dança: afeto, respeito, cooperação. O que ocorre é que a maioria de nós foi treinada para brigar, destruir, competir e vencer o outro. Não sabemos estar do lado de alguém, mas sabemos estar contra alguém. 

E aí vamos para o casamento e levamos, nos nossos comportamentos, as leis da competição e da luta. Nenhum casamento sobrevive se o casal se relaciona constantemente regido pela disputa. Em outras palavras, você pode estruturar suas relações de duas maneiras: como brincadeira ou como jogo. 

A diferença entre elas é que na brincadeira, não existe quem ganha ou quem perde, os dois ganham. No jogo, um ganha e o outro perde. O resultado da brincadeira é a alegria, o prazer, o estar junto. No jogo, o resultado é o medo, o ressentimento, o sofrimento. O único jeito de o casamento da leitora melhorar é ela e o marido tomarem consciência dos jogos que são efetuados no relacionamento e parar de fazê-los. São inúmeros os jogos presentes nas relações conjugais. E todos com o objetivo de destruir o outro. 

Com o tempo, os conflitos se tornam mais freqüentes, mais pesados e conseguem destruir o pouco de alegria e amor com que chegaram para o casamento. 
Os jogos destroem o casal. 
Antônio Roberto

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