10 de fev. de 2010

Religião e namoro


Pelo fato de que qualquer relacionamento é feito por mais de uma pessoa, sempre haverá as semelhanças e as diferenças de cada um. 


Quando duas pessoas se encontram, por exemplo, na relação amorosa, são dois mundos distintos que passam a entrar em contato. 


Cada um chega com um corpo diferente, com uma história diferente, com desejos e gostos diferentes. Construir o amor é elaborar e administrar as igualdades e, sobretudo, as divergências. 


Pena que nos ensinaram uma grande falsidade nas relações: que se alguém me ama, ele deve pensar, sentir e agir igual a mim. Daí o controle que os parceiros tentem exercer entre si, tentando reduzir o outro à nossa imagem e semelhança. É claro que, para vivermos com alguém, alguns pontos comuns devem existir: o afeto, o respeito, a alegria com a alegria do outro, alguns objetivos como casar, ter filhos, etc. 


Durante o namoro algumas metas devem ser fixadas. As diferenças, porém, não são empecilhos para a construção do amor. Diferenças de idade, de condição social, de cor, de nível intelectual não significam necessariamente um obstáculo. O que acaba com os relacionamentos não são as desigualdades, mas sim a intolerância. A diferença pode enriquecer a relação, quando há a compreensão de que estar junto não significa matar a individualidade. 


O que vai fazer fracassar o relacionamento do casal não é o fato de terem religiões diferentes, mas a implicância e a intolerância com a religião do outro. 
Antônio Roberto

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