“A RELIGIÃO PURA E IMACULADA PARA COM DEUS, O PAI, É ESTA: VISITAR OS ÓRFÃOS E AS VIÚVAS NAS SUAS TRIBULAÇÕES, E GUARDAR-SE DA CORRUPÇÃO DO MUNDO.” TIAGO 1:27
É muito comum nos círculos religiosos pessoas indagarem a forma de estudar o evangelho. Como entendê-lo, como compreendê-lo.
Eu, particularmente, costumo dizer nos locais onde sou convidado a ir, para falar da boa nova, que nos núcleos de natureza espiritual dificilmente alguém apresenta autoridade para dizer que vai ensinar algo. Eu não seria louco o suficiente para dizer que vou ensinar a forma correta de estudar as Escrituras. Seria uma pretensão desarrazoada. Especialmente eu, que nada sei, e que tenho me esforçado muito para compreender alguma coisa dos ensinamentos de Jesus. No entanto, creio que juntos, neste Capítulo que se inicia, poderemos depreender algumas coisas interessantes que poderão nos ajudar nesse respeito.
Não há dúvida alguma que o aparelho das luzes religiosas tem por finalidade acordar as almas em todos os cantos do mundo para a glorificação imortal. Esta é a finalidade maior. E na inquietação que lhes caracteriza a existência na Terra os homens se dividiram em numerosas religiões. Podemos dizer que a religião é a crença em força considerada criadora do universo, adorada e obedecida, e a manifestação dessa crença por meio de doutrina e ritual próprios, com preceitos éticos. É virtude do homem que presta a Deus o culto que lhe é devido. Todos nós, habitualmente, enquadramos nossa vida mental a um determinado tipo de interpretação religiosa, a fim de reverenciar o supremo criador por meio do modo que supomos mais digno. Assim, nessas subdivisões do eterno santuário comparecem os tutelados do Cristo em diferentes graus de compreensão.
E aqui e ali, lá e acolá, encontramos seguidores praticando os ritos mais diversificados. Sabemos que atitudes religiosas de superfície apresentam relativo valor a determinadas pessoas em certos estágios da evolução, porém, uma enormidade de manifestações religiosas não são atestados de religiosidade entre nós. Em matéria religiosa, satisfazer-se alguém com o rótulo, sem qualquer esforço de sublimação interior, é tão perigoso para a alma quanto deter designação honorífica com menosprezo à responsabilidade que ela impõe.
O evangelho nos ensina que a religião pura diante de Deus é outra coisa bem diferente disso. O cristianismo, como a suprema religião da verdade e do amor, convoca todos os corações para a vida mais alta. Pelo fato da religião traduzir um religamento com o criador é primordial nos voltarmos para Deus, tornarmos ao campo da divindade. Sendo sempre a face soberana da verdade, a religião diz respeito à importância de se colocar a espiritualização, o crescimento e a redenção do ser na fisionomia da libertação, mediante um direito insubstituível que nutrimos de ser feliz e buscar essa felicidade. E ela deve ser sempre compreendida como um sentimento divino que clarifica o caminho das almas, ao qual cada espírito aprenderá na pauta do seu nível evolutivo.
O apóstolo Tiago traça a definição correta ao afirmar que “a religião pura e imaculada é visitar os órfãos e viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo”. A religião imprescindível da alma, perante a divina providência, repousa acima de tudo no serviço ao próximo e no caráter libado, ou seja, na caridade incessante e na tranquilidade da consciência. Religião legítima, que se desenvolve e nos projeta para Deus, no sentido de nos religarmos a Ele, é no terreno interior da renovação, cujas exteriorizações são sempre amor nas expressões mais sublimes. A religião na profunda acepção da palavra é o cotidiano, é como se vive, é a prática da vida, circunstância de vida a todo o momento.
Um comentário:
Vou aproveitar este espaço para fazer uma sugestão.
O texto "Você é o que ninguém vê" de Martha Medeiros.
Também gostaria de parabenizar aos que mantem o blog!
Parabéns
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