26 de mar. de 2008

O despertar da consciência

Durante o seu desenvolvimento, o ser humano passa por muitas fases. Quando nasce - assim como na vida intra-uterina -, encontra-se ainda fundido à mãe, percebendo tudo à sua volta como uma extensão de si mesmo.
Alguns meses mais tarde, porém, irá se diferenciar, percebendo-se e notando o mundo ao seu redor. A criança pequena vive estreitamente essa relação: quando quer algo que lhe é negado, esperneia ficando brava; se fica triste, logo chora.
Assim vamos crescendo, e crescendo também vai a nossa capacidade de percepção e expressão. A forma como nos percebemos, nos sentimos e nos expressamos na vida tem relação com nossa história. O que somos é reflexo da carga genética, de características inatas e influências do mundo externo (educação, modelos,experiências vividas). Isso tudo constrói uma forma de ser, se relacionar, funcionar e se movimentar na vida. Socialmente, há um apelo para estarmos bem e produtivos.
Apesar dos dias atribulados, no fim de semana precisamos fazer o que não deu tempo nos outros dias, além de nos divertir e descansar. Hoje já se fala no "stress do fim de semana".
Então, estamos sempre envolvidos com o movimento, voltados para fora e desligados de nós mesmos, criando um automatismo.
Então, cabem algumas perguntas. Você costuma ter tempo para si mesmo? Pára um minuto para perceber como está se sentindo? Não é o mundo que precisa mudar para que a gente fique bem; nós é que precisamos encontrar novas formas de lidar com velhas situações. Devemos olhar para dentro e responder nossas perguntas, para descobrirmos o que queremos, o que é bom, por onde ire onde queremos chegar.
Encontrar tempo para si mesmo, perceber como está se sentindo e atender às suas próprias necessidades são coisas que exigem um trabalho de autoconhecimento.
Denise P. M. Leite - Psicóloga

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