13 de mar. de 2008

Sol do Chile


À Mari,

Tenho pena do homem
que morrer sem antes amar
uma loira à luz de velas.
O preto de sua roupa misturado
com o roxo do vinho
criam um ar de paraíso hedonista.
As curvas se destacam
com o pressionar das minhas mãos.
A voz mansa provoca agora
um turbilhão de arrepios.
Os cachos de cabelo há muito
já viraram pétalas de rosas.
A sala transforma-se em um cubículo
que não cabe mais um grão de areia.
A certeza da eternidade some
e dá lugar ao imenso prazer.
O medo me alcança
pois o homem que esquecer o que é amar
uma loira à luz de velas já é digno de pena.
Thiago Albino
Picture by Howard Behrens

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo poema!
É delicado e transmite a atmosfera brumosa de um encontro amoroso.
Helena Maria

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