23 de dez. de 2008

Brigitte Bardot

Brigitte Bardot, ou simplesmente BB, filha de Louis Bardot e Anne-Marie Mucel, recebeu ao nascer o nome de Camille Javal. Sua mãe a incentivava a cantar e a dançar desde pequena e, aos 15 anos, Brigitte começou sua carreira como modelo, na revista "Elle" francesa. Sua beleza natural, ao mesmo tempo de menina e mulher, chamou a atenção e os convites para trabalhos de destaque começaram a surgir. Sua primeira aparição nas telas foi em 1952, como Javotte Lemoine, no filme "Le Trou normand". Ao completar 18 anos, ela se casou com o diretor de cinema Roger Vadim (que também foi marido de Jane Fonda e Catherine Deneuve). A união durou cinco anos. Vadim foi responsável por lançá-la em "E Deus Criou a Mulher" (1956) e ainda a dirigiu em "Quer Dançar Comigo?" e "Amores Célebres". Com o sucesso de seus filmes franceses, Brigitte participou de uma produção americana em 1954, "Um ato de amor", com Kirk Douglas, tornando-se popular nos Estados Unidos. Ela não agia como as estrelas da época, cheias de estratégias de conquista e frases de duplo sentido. Sua sensualidade vinha do corpo perfeito, da boca carnuda, do olhar expressivo e de um comportamento livre, incomum para as mulheres da época. BB chegou a ser considerada a versão francesa de Marilyn Monroe.Em 1956, foi dirigida por Michael Boisrond em "O Príncipe e a Parisiense". Dois anos depois, aos 23 anos, participou de mais dois filmes. Na época, a imprensa noticiou seu romance com o cantor francês Sasha Distel. Chamada de "devoradora de homens", diziam que ela enjoava dos namorados com a mesma facilidade que os conquistava.Entre 1959 e 1962 a atriz ficou casada com o ator Jacques Charrier, famoso por sua atuação em "Babete Vai à Guerra" (1959). Com ele, teve seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier, nascido em 1960. Em 1962, Brigitte veio ao Brasil e se encantou com Búzios, RJ, onde passou uma longa temporada.Em 1963 foi dirigida por Jean-Luc Godard em "O Desprezo". Depois de muitos e curtos romances, em 1966, a atriz se casou com o playboy alemão Gunther Sachs. A relação durou três anos. Em 1965 apareceu como ela mesma em uma única cena de "Dear Brigitte", filme americano com o ator James Stuart. Brigitte também foi dirigida por Louis Malle em "Vida Privada" (1962), "Viva Maria" (1965) e no episódio de "Histórias Extraordinárias". Após filmar "Colinot", de Nina Companaez, em 1973, aos 39 anos, BB se retirou da vida artística. Pouco antes de deixar as telas, declarou à imprensa francesa que não sentia prazer em ser atriz. Por três vezes, tentou o suicídio. Passando a desprezar sua aparência, dedicou-se a defender a natureza e os animais. Sua luta era pelo fim da venda de gatos e cachorros em anúncios classificados, pela proibição do uso de animais selvagens em circos, pelo final das touradas e das brigas de galo, e pelo fim da criação de animais para a fabricação de casacos de pele.Em 1992 ela se casou com Bernard d´Ormale, político francês de extrema direita. Longe dos estúdios cinematográficos, a atriz envelheceu de forma amarga. Seu livro "Um Grito no Silêncio", publicado em 2003, provocou grande polêmica. Brigitte foi acusada de exaltar o preconceito contra negros, homossexuais e imigrantes e se tornou uma vergonha para os franceses, que preferiram se fixar na imagem da jovem loura sexy da década de 1960.

Um comentário:

Marciana disse...

Que linda mulher! Que tremendo ser humano!
Altiva, com seus cabelos naturalmente desgrenhados, suas rugas, a bela boca e nariz perfeitos e mais: um olhar desafiador e valente tão diferente do vazio de outrora.
Se não encontrava mais prazer em seu ofício não exitou em buscar uma causa que lhe desse sentido à vida e com isso ganharam tantos inocentes e desprezados animais.
E não foi para preencher nenhum vazio mas um prazer que ela já experimentava sempre que podia antes mesmo de abandonar a carreira ainda tão jovem.
Ao invés de negar a velhice algo tão tristemente praticado hoje em dia percorrendo clínicas a procura de um milagre esticando daqui colocando botox dali ela enverga com altivez seus cabelos brancos e suas rugas não descuidando com isso da aparência. Pena que seja tão difícl para as pessoas encararem os fatos enxergando a beleza de ser o que se é e transferindo para ela o peso de um envelhecimento amargo de quem assim o enxerga.
Gostaria que colocassem dentro do contexto real quais foram as colocações dela sobre os preconceitos mencionados.
Todos cometemos erro mas é bom não haver precipitação nos julgamentos.
Já vi pessoas ficarem tão desapontada com os seres humanos depois de tomarem conhecimento de todas as atrocidades cometidas contra os animais que chegam a declarar sua preferência pelos mesmos e seu desprezo pela humanidade. Procuro sempre mostrar o perigo desse radicalismo que não contribui para melhora da sociedade.
Mas sou aberta a toda e qualquer crítica que se faça por "culturas" que oprimem as pessoas impedindo-as de serem livres e cidadãs independente do valor desses conceitos para elas. Sou pela liberdade do ser.
Não posso respeitar uma "CULTURA" que oprime as mulheres, as crianças, matam e estupram meninas condenando-as ao inferno na Terra em nome de um Deus particular.
Então vamos com calma.
Não creio que o povo francês se envergonhe de La Bardot.

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