30 de abr. de 2008

Milagre


Noite escura...
Uma senhora está em casa sozinha e vê um vulto masculino passar.
Ela aproxima-se dele por trás, com cuidado, agarra-lhe os testículos e, apertando com toda força, pergunta:
- Quem é você???
Ela, não obtendo resposta, aperta com mais força ainda.
- Quem é você???
Mantém-se o silêncio, ela aperta ainda mais, e já com pedaços da pele do saco escapando por entre os dedos, volta a perguntar:
- Quem é você???
Eis que uma voz, num tom baixo e sofredor, consegue responder:
- Jooooãooooo...
Então ela pergunta, apertando mais:
- João ... que João???
E ele responde:
- O ... o . o . o ... muuuudo !!!!!!!!

Elogios que fazem mal


O elogio de um tolo prejudica mais do que a sua crítica
Jean-Pierre Florian
Picture by Paul Galschneider

Caminho das Índias


O homem não pode descobrir novos oceanos até que tenha coragem de se afastar da terra até não vê-la mais.
André Cicie
Picture by Robert Rauschenberg

Aos que vierem depois de nós


Realmente, vivemos muito sombrios!
A inocência é loucura.
Uma fronte sem rugas denota insensibilidade.
Aquele que ri ainda não recebeu a terrível notícia que está para chegar.
Que tempos são estes, em que é quase um delito falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!

Esse que cruza tranqüilamente a rua não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?
É certo: ganho o meu pão ainda, mas acreditai-me: é pura casualidade.

Nada do que faço justifica que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem(se a sorte me abandonar estou perdido).
E dizem-me: "Bebe, come! Alegra-te, pois tens o quê!"

Mas como posso comer e beber,
se ao faminto arrebato o que como, se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.

Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria: é quedar-se afastado das lutas do mundo e, sem temores, deixar correr o breve tempo.
Mas evitar a violência, retribuir o mal com o bem, não satisfazer os desejos, antes esquecê-los é o que chamam sabedoria.
E eu não posso fazê-lo.
Realmente,vivemos tempos sombrios.

Para as cidades vim em tempos de desordem, quando reinava a fome.
Misturei-me aos homens em tempos turbulentos e indignei-me com eles.
Assim passou o tempo que me foi concedido na terra.
Comi o meu pão em meio às batalhas.
Deitei-me para dormir entre os assassinos.
Do amor me ocupei descuidadamentee não tive paciência com a Natureza.
Assim passou o tempoque me foi concedido na terra.

No meu tempo as ruas conduziam aos atoleiros.
A palavra traiu-me ante o verdugo.
Era muito pouco o que eu podia.
Mas os governantes se sentiam, sem mim, mais seguros, — espero.
Assim passou o tempo que me foi concedido na terra.

As forças eram escassas.
E a meta achava-se muito distante.
Pude divisá-la claramente,ainda quando parecia, para mim, inatingível.
Assim passou o tempoque me foi concedido na terra.
Vós, que surgireis da maré em que perecemos,
lembrai-vos também, quando falardes das nossas fraquezas,
lembrai-vos dos tempos sombrios de que pudestes escapar.

Íamos, com efeito, mudando mais freqüentemente de país do que de sapatos,
através das lutas de classes, desesperados,
quando havia só injustiça e nenhuma indignação.
E, contudo, sabemos que também o ódio contra a baixeza endurece a voz.

Ah, os que quisemos preparar terreno para a bondade não pudemos ser bons.
Vós, porém, quando chegar o momento em que o homem seja bom para o homem,
lembrai-vos de nós com indulgência.
Bertolt Brecht
Picture by André Lhote

Você sabe amar ?



Você sabe amar ?
Mesmo quando elas me desapontam.
Eu estou aprendendo.
Estou aprendendo a aceitar as pessoas
Quando fogem do ideal que tenho para elas.
Quando me ferem com palavras ásperas ou ações impensadas.
É difícil aceitar as pessoas assim como elas são.
Não como eu desejo que elas sejam.
É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo...
Estou aprendendo a amar
Estou aprendendo a escutar,
escutar com os olhos e ouvidos.
Escutar com a alma e com todos os sentidos.
Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, os olhos, as mãos irrequietas.
Escutar a mensagem que se esconde por entre as palavras corriqueiras, superficiais.
Descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta.
Penetrar o sorriso fingido, a alegria simulada, a vangloria exagerada.
Descobrir a dor de cada coração.
Aos poucos, estou aprendendo a amar.
Estou aprendendo a perdoar.
Pois o amor perdoa, lança fora as mágoas, e apaga as cicatrizes que a incompreensão e insensibilidade gravaram no coração ferido
O amor não alimenta mágoas com pensamentos dolorosos.
Não cultiva ofensas com lástimas e autocomiseração.
O amor perdoa, esquece, extingue todos os traços de dor no coração.
Passo a passo, estou aprendendo a perdoar, a amar
Estou aprendendo a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vidas.
Valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências duras vividas ao longo dos anos.
Estou aprendendo a ver nas pessoas a sua alma,
E as possibilidades que Deus lhes deu.
Estou aprendendo, mas como é lenta a aprendizagem!
Como , é difícil amar incondicionalmente.
Todavia, tropeçando, errando, estou aprendendo.
Vamos tentar amar nossos irmãos como Deus nos ama...

29 de abr. de 2008

Pegando trem na China

A loira no cassino


Uma loira muito sensual entrou num cassino. Trocou dez mil dólares por fichas e dirigiu-se à mesa da roleta.

Lá chegando, anunciou que apostaria todo o seu dinheiro e que acertaria os números em um único lance.

E, fitando os dois empregados responsáveis pela roleta acrescentou :
- Olha, espero que vocês não se importem, mas tenho mais sorte quando estou toda nua...

Dito isto, ela se despiu completamente, e depois colocou as fichas todas sobre a mesa.
Inteiramente abestalhado, o "croupier" acionou a roleta.
Enquanto esta girava, a loira cantava :
- Mãezinha precisa de roupas novas ! Mãezinha precisa de roupas novas ! Mãezinha precisa...
Assim que a roleta parou, ela começou a dar grandes pulos e a gritar :
- Ganhei ! Ganhei ! Ganhei ! Ganhei !

Ela, então, abraçou e beijou cada um dos croupiers.
Em seguida debruçou-se sobre a mesa e recolheu todo o dinheiro e as fichas.
Vestiu-se rapidamente e se mandou.
Os croupiers se entreolharam boquiabertos .
Finalmente, um deles,voltando a si, perguntou :
- Em que número ela apostou, você viu ?
E o outro :
- Eu não... Pensei que você estivesse olhando !

Moral da história :
Nem toda loira é burra, mas homem é tudo igual.

Um dia uma loira tinha que se dar bem em piadas postadas aqui, não é verdade?

Causa e efeito


Não podemos viver apenas para nós mesmos.

Mil fibras nos conectam com outras pessoas; e por essas fibras nossas ações vão como causas e voltam pra nós como efeitos.
Herman Melville
Picture by Georgia O'Keeffe

Aflição


Afligir-se antes do tempo é afligir-se duas vezes.
Barão de Stassar
Picture by Philip Leslie Hale

A vertigem



O homem não pode manter-se humano a esta velocidade, se viver como um autômato será aniquilado. A serenidade, uma certa lentidão, é tão inseparável da vida do homem como a sucessão das estações é inseparável das plantas, ou do nascimento das crianças.

Estamos no caminho mas não a caminhar, estamos num veículo sobre o qual nos movemos incessantemente, como uma grande jangada ou como essas cidades satélites que dizem que haverá. E ninguém anda a passo de homem, por acaso algum de nós caminha devagar?

Mas a vertigem não está só no exterior, assimilá-mo-la na nossa mente que não pára de emitir imagens, como se também fizesse zapping; talvez a aceleração tenha chegado ao coração que já lateja num compasso de urgência para que tudo passe rapidamente e não permaneça. Este destino comum é a grande oportunidade, mas quem se atreve a saltar para fora? Já nem sequer sabemos rezar porque perdemos o silêncio e também o grito.

Na vertigem tudo é temível e desaparece o diálogo entre as pessoas. O que nos dizemos são mais números do que palavras, contém mais informação do que novidade.

A perda do diálogo afoga o compromisso que nasce entre as pessoas e que pode fazer do próprio medo um dinamismo que o vença e que lhes outurgue uma maior liberdade. Mas o grave problema é que nesta civilização doente não há só exploração e miséria, mas também uma correlativa miséria espiritual.

A grande maioria não quer a liberdade, teme-a. O medo é um sintoma do nosso tempo. A tal extremo que, se rasparmos um pouco a superfície, poderemos verificar o pânico que está subjacente nas pessoas que vivem sob a exigência do trabalho nas grandes cidades.

A exigência é tal que se vive automaticamente sem que um sim ou um não tenha precedido os atos.
Ernesto Sábato
Picture by Takeshi Nakayoshi

Aos meus amigos


Era uma vez um garoto que tinha um temperamento muito explosivo.

Um dia ele recebeu um saco cheio de pregos e uma placa de madeira.
O pai disse a ele que martelasse um prego na tábua toda vez que perdesse a paciência com alguém.
No primeiro dia o garoto colocou 37 pregos na tábua.

Já nos dias seguintes, enquanto ele ia aprendendo a controlar sua raiva, o número de pregos martelados por dia foram diminuindo gradativamente.
Ele descobriu que dava menos trabalho controlar sua raiva do que ter que ir todos os dias pregar diversos pregos na placa de madeira...

Finalmente chegou um dia em que o garoto não perdeu a paciência em hora alguma.
Ele falou com seu pai sobre seu sucesso e sobre como estava se sentindo melhor em não explodir com os outros e o pai sugeriu que ele retirasse todos os pregos da tábua e que a trouxesse para ele.
O garoto então trouxe a placa de madeira, já sem os pregos, e a entregou a seu pai.
Ele disse:
"Você está de parabéns, meu filho, mas dê uma olhada nos buracos que os pregos deixaram na tábua, ela nunca mais será como antes".
Quando você diz coisas estando com raiva, suas palavras deixam marcas como essas.

Você pode enfiar uma faca em alguém e depois retira-la. Não importa quantas vezes você peça desculpas, a cicatriz ainda continuará lá. Uma agressão verbal é tao ruim quanto uma agressão física.
Picture by Sandra VanderWall

“Amigos são como joias raras. Eles te fazem sorrir e te encorajam para alcançar o sucesso. Eles te emprestam o ombro, compartilham dos teus momentos de alegria e sempre querem ter seus corações abertos para você."

Aborto


A paciente diz para o médico:
- Doutor, o senhor terá de me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro.

E então o médico perguntou:
- Muito bem. E o que a senhora quer que eu faça?

A mulher, já esperançosa, respondeu:
- Desejo interromper esta gravidez e conto com a ajuda do senhor.
O médico então pensou um pouco e depois do seu silêncio disse a mulher:
- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.

A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.
E então ele completou:
- Veja bem, minha senhora, para não ter de ficar com os dois bebês, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer. Se o caso é matar, não há diferença para mim entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco.

A mulher apavorou-se e disse:
- Não doutor! Que horror ! Matar uma criança é um crime!.
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito e disse:
O crime é exatamente o mesmo.

28 de abr. de 2008

Admite-se


Deslumbre


A glória em vida é algo problemático: é aconselhável não se deixar deslumbrar por ela, muito menos estimular
Thomas Mann

Tímidos


A felicidade odeia os tímidos.
Eugene O Neill
Picture by Daniel Garber

Nosso ego, nosso sócio


Nosso ego é nosso sócio silencioso - freqüentemente detentor da maioria das ações.
Cullen Hightower
Picture by De Hooch

Sentindo-se com fadiga? Exercite-se um pouco


Exercícios físicos regulares e de baixa intensidade, como por exemplo um passeio sem pressa, podem aumentar os níveis de energia de um indivíduo em torno 20% e diminuir a fadiga em torno de 65%, descobriu uma equipe da Universidade da Geórgia.

“Acreditamos que exercícios rápidos vão nos livrar do cansaço, especialmente quando já nos sentimos fatigados”, diz Tim Puetz, que ajudou a conduzir o estudo.

“No entanto, demonstramos que exercícios regulares podem, de fato, aumentar substancialmente a sensação de energia, particularmente em indivíduos sedentários.”

Puetz e um time comandado por Patrick O'Connor estudaram no Exercise Psychology Laboratory 36 pessoas que não faziam exercícios físicos regularmente e que diziam estar sempre fatigadas. Elas foram divididas em três grupos. O primeiro grupo fez 20 minutos de exercícios intensos e moderados, numa bicicleta de exercícios, três vezes por semana durante seis semanas. O segundo grupo fez exercícios similares, mas num ritmo muito mais tranqüilo. O terceiro não fez nenhum exercício físico.

Os grupos de exercícios de intensidade baixa e moderada tiveram um aumento de 20% nos níveis de energia em relação ao grupo que não fez exercícios, reportaram os pesquisadores na revista Psychotherapy and Psychosomatics. Para surpresa deles, os pesquisadores descobriram que o grupo que fez exercícios de baixa intensidade acusaram uma maior redução à fadiga, em relação ao grupo que se exercitou mais intensamente.

“Pode ser que exercícios de intensidade moderada sejam excessivos para pessoas que já se encontram fatigadas e isso pode contribuir para que eles não atinjam níveis melhores que aqueles que teriam obtido se tivessem feito exercícios de baixa intensidade”, diz O'Connor.
“Muitas pessoas trabalham em excesso e não dormem o suficiente”, diz ele. “Exercícios físicos são a forma das pessoas se sentirem mais energizadas.

Existe uma base científica para esta afirmação e há vantagens em fazer exercícios quando comparados à “energização” gerada pela cafeína e bebidas energéticas.”Vários estudos demonstram que exercícios físicos podem aumentar a energia, especialmente ao longo do tempo. A equipe de O'Connor publicou um artigo em 2006 demonstrando que os exercícios físicos podem reduzir a fadiga em pacientes com câncer, problemas coronários e outros problemas médicos.Esse estudo considerou pessoas cujas fadigas não estavam associadas a nenhuma condição médica.
Reuters

27 de abr. de 2008

1 minuto antes da surra


Causa mortis


Quando o marido finalmente morreu, a esposa colocou no jornal o anúncio da morte, acrescentando que ele havia morrido de gonorréia.
Logo que o jornal foi distribuído, um amigo da família telefonou e protestou veementemente:
'Você sabe muito bem que ele morreu de diarréia, e não de gonorréia!!!'
A viúva respondeu:
'Eu cuidei dele noite e dia, portanto é lógico que eu sei que ele morreu de diarréia, mas eu achei que seria melhor que se lembrassem dele como um grande amante, ao invés do grande cagão, que ele sempre foi.'

A canoa


Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora.
Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro: Companheiro, você entende de leis?
Não, respondeu o barqueiro.
E o advogado compadecido: É pena, você perdeu metade da vida.
A professora muito social, entra na conversa:
Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
Também não, respondeu o barqueiro.
Que pena! Condói-se a mestra
-Você perdeu metade de sua vida!
Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O barqueiro preocupado, pergunta:
Vocês sabem nadar?
Não! Responderam eles rapidamente.
Então é uma pena - Conclui o barqueiro. Vocês perderam toda a vida.

Não há saber maior ou saber menor. Há saberes diferentes.
Paulo Freire

Pense nisso e valorize todas as pessoas com as quais tenha contato. Cada uma delas tem algo de diferente para ensinar.

Horror e tragédia


Não lembro de nenhum caso de homicídio que tenha tomado tanto espaço nos noticiários como o de Isabella Nardoni. Não consegui ler nada a esse respeito, troquei sistematicamente de canal, fiquei apenas nas manchetes, nos títulos garrafais, nas chamadas. Os detalhes da crueldade, pior contra crianças, me geram ojeriza mais que espírito de vingança.

Acredito na lei do Karma, na lei de causa e efeito que partiu de outras vidas e se alongará por muitas outras. O castigo virá do alto, implacável e sombrio, muito mais certeiro e apropriado de quanto eu possa provocar. Meu tempo é precioso para desperdiçá- lo em detalhes de um crime. Viro a página, finjo que não existe, assim como não olho os acidentes com que, vez ou outra, cruzo no caminho com multidões assistindo embasbacadas à remoção de vítimas. Não olho de propósito um espetáculo macabro, não quero levar para casa lembranças tristes, cenas horripilantes.

Acrescentaria tristeza lá onde procuro felicidade, daria mais razões aos meus pesadelos. Pra quê? Quero pensar num mundo bonito, numa obra divina que só não é melhor porque a emporcalhamos com sentimentos rasteiros. Fico eventualmente mais atento à expressão dos espectadores dos desastres. No exato momento em que devoram as cenas, abrem os olhos, esquecem do pudor, entregam por inteiro o que se esconde no fundo de suas almas perturbadas. Ignorância, confusão, feras, lagartos, urubus.

Pra que se ligar a uma desgraça? Fosse pra consolar. Fosse para prestar solidariedade, mas reconheçamos é por uma patológica curiosidade. A mesma de horror que levava multidões à praça pública para ver o carrasco descer o cutelo sobre o condenado, ou ainda para admirar um herege se contorcer entre as chamas da fogueira. Que prazer é esse que não me atrai? Como defini-lo. Fome de desgraça, compulsão ao sadismo, necromania, perversidade ancestral? O que mais?
Será que o sofrimento dos outros pode gerar prazer? Ou é a forma de cultivar o instinto justiceiro que queremos expropriar de Deus? Isabella está morta. Pior que ela, nesse momento, aposto que estão seu pai e sua madrasta, condenados a uma vida que perdeu o sentido de ser. Haja piedade, meu Deus.
Vittorio Medioli

Leitura: hábito que leva ao desenvolvimento

A busca pela disseminação do conhecimento não é apenas mais um assunto na lista de discussão de uma reunião corporativa, mas sim uma questão que precisa ser levada a sério e colocada em prática.

Afinal, o fluxo de informações vence fronteiras e chega às organizações, de forma incontestável, em uma velocidade cada vez maior.

Resultado: as empresas necessitam contar com profissionais qualificados para enfrentar as exigências de uma competitividade acirrada.

Diante dessa realidade, cada empresa busca desenvolver mecanismos próprios que estimulem o desenvolvimento dos funcionários.

Muitas vezes, a solução está em alternativas simples, contudo criativas. Um desses exemplos acontece com a Drogaria São Paulo, que através do estímulo à leitura conseguiu despertar entre os funcionários a capacidade de ver o mundo sob prismas bem mais amplos do que eles poderiam imaginar.

A idéia de instigar a prática de leitura entre os profissionais que atuam na organização surgiu no início da década de 90, graças à iniciativa de um supervisor dos depósitos da empresa que buscou inspiração na biblioteca da faculdade onde estudava. Observando o valor que a leitura agregava à vidadas pessoas, ele apresentou a proposta ao presidente da companhia e logo recebeu o apoio inicial para comprar 80 livros para implantar a biblioteca que recebeu o nome Thomaz de Carvalho – homenagem prestada ao fundador da empresa.

O primeiro passo tinha sido dado: os títulos haviam sido adquiridos e, no início, a maioria dos livros tinha cunho didático, especificamente sobre administração de empresas. O acervo da biblioteca cresceu devido às adesões dos funcionários, que para se associarem à biblioteca eram convidados a fazer uma adoção. Para se ter uma idéia de como o hábito da leitura tornou-se uma rotina junto aos colaboradores da empresa, hoje existem bibliotecas em cada unidade da Drogaria São Paulo nas mais de 200 lojas da rede – distribuídas em mais de 40 municípios nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Ceará. Em números, isso significa mais de 60 mil livros disponíveis nas bibliotecas regionais.

Com o passar do tempo, estimular os funcionários a freqüentarem o ambiente literário não era o suficiente para a empresa. Era preciso ir um pouco além e levar os livros até os colaboradores.

Foi quando em 2001 surgiu uma nova proposta: criar uma biblioteca itinerante, aonde os livros "caminhariam" até chegar às pessoas.

De acordo com Tereza Amorim, diretora de Marketing da Drogaria São Paulo, a princípio, a Biblioteca Itinerante começou com 1.850 livros que foram doados pelo presidente da empresa, mas hoje o acervo chega a três mil títulos.

Atualmente, cada loja possui uma média de 17 livros que funcionam no sistema itinerante. "As unidades recebem uma relação dos livros em PDF e disponibilizam a relação para todos da equipe. O funcionário pode solicitar um livro que está em outra unidade. O funcionário interessado pelo livro realiza a solicitação, o responsável pela biblioteca faz as anotações do nome do profissional e da loja que está sendo encaminhado o título.

O funcionário terá o prazo de 15 dias para concluir leitura e devolver o livro, podendo prorrogar o prazo por mais 15 dias", explica Tereza Amorim, ao acrescentar que além de contribuir para formação dos colaboradores a leitura é uma alternativa de lazer.

Uma da maneiras encontradas pela Drogaria São Paulo para estimular os funcionários a lerem foi permitir que eles sugerissem a compra de exemplares. Hoje, o acervo é bastante variado e conta com *best-sellers*do mundo corporativo como: "O Monge e o Executivo", de James C. Hunter, "Pai Rico Pai Pobre" de Robert T. Kiyosaki & Sharon L. Lechter e "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes" de Stephen R. Covey. Mas para quem é adepto de uma literatura diversificada também estão disponíveis obras como "Os Irmãos Karamazov" de Feódor Dostoievski, "O Xangô de Baker Street" de Jô Soares, bem como livros didáticos de administração e gerenciamento.

Quando questionada sobre a receptividade dos funcionários em relação à leitura, a gerente de Marketing mostra-se animada, pois os colaboradores doam livros, apresentam sugestões e a quantidade de adesões tem aumentado. "O investimento na cultura traz mais respeito e credibilidade à organização.

Para os nossos funcionários a possibilidade de ter diversos títulos à disposição, permite que eles estudem e façam pesquisas para suas atividades escolares nas horas vagas. O maior benefício conquistado por eles, é o conhecimento adquirido através da leitura", conclui, ao lembrar que só esse ano a empresa já investiu cerca de 15 mil reais para a compra de novos títulos.
Patrícia Bispo

Motivação, atitudes e lei da atração


Recentemente, fomos tomados por uma nova onda chamada "A Lei da Atração". Assim como aconteceu com a "Inteligência Emocional", esta nova onda já vem trazendo em sua crista profissionais e consultores "preparados" para traduzir em atitudes tudo aquilo que as pessoas precisam saber como enriquecer, como conseguir a casa dos sonhos, como conquistar a pessoa amada (até aquelas que as cartomantes não conseguiram atrair). Enfim, uma infinidade de aplicações sensacionais e sensacionalistas.

A lei da atração funciona. Mas, não porque estou afirmando. Muito menos porque seus autores atestam sua efetividade. Simplesmente porque o universo é regido por leis naturais e uma delas é exatamente a lei da atração.
O fato é que algumas pessoas souberam traduzir isso tudo em uma linguagem acessível e relativamente prática. Daí, temos mais um *best-seller*: "O Segredo", de Rhonda Byrne.

O verdadeiro segredo está dentro de nós. Sempre esteve e sempre estará. A questão é que o ser humano, em geral, é tão preguiçoso em olhar para sim esmo que precisa de fórmulas mágicas para atingir o sucesso pessoal. Sempre foi assim. A história da humanidade está repleta de fatos que reforçam esta minha afirmação. Os povos mais primitivos até as atuais sociedades capitalistas sempre precisaram de um pajé, um curandeiro, um padre, um pastor, ou alguém que estivesse "conectado com o divino". É algo como: "deixa comigo que eu resolvo seus problemas!"; mas, na maioria das vezes, os problemas só podem ser resolvidos pela própria pessoa, e aí vem a frustração, o desencanto, o descontentamento.

Olhar para dentro de si mesmo dá trabalho. Por isso, é mais fácil delegar esta tarefa a quem de direito. Conta uma lenda que quando Deus criou o mundo, precisava colocar a felicidade em algum lugar. Não poderia ser em qualquer local, mas um, onde o ser humano precisasse de algum esforço para conquistar. Afinal, a felicidade engloba a realização pessoal, o amor, a fraternidade etc. Pensou, pensou... e veio a grande idéia: Deus colocou afelicidade dentro do próprio ser humano.
Assim, quando a pessoa olhasse para dentro de si, ela encontraria a felicidade. O que ocorre é que muitas pessoas procuram a felicidade fora, no outro, na empresa, no salário, na casa, enfim, em tudo que está fora dele. Como não encontra, fica com raiva, decepcionado, improdutivo, com inveja daqueles que a encontraram.

Tudo isso tem a ver com a motivação. A motivação é encontrar dentro de nós aquilo que nos trará a felicidade. Quando olhamos para dentro de nós e procuramos os motivos para sermos felizes, estamos construindo uma força capaz de atrair tudo que desejamos. Sejam coisas boas ou ruins. Todos nós somos dotados de uma força interna capaz de realizar nossos sonhos e desejos, desde que eles estejam diretamente aliados às atitudes. De nada adianta ficar somente orando, se não houver ação. Mais do que isso, é preciso que minhas ações estejam alinhadas com minha área de controle, ouseja, onde exatamente eu posso agir.

Há pessoas que passam a vida inteira reclamando dos outros, da vida, da falta de sorte, das oportunidades que são oferecidas somente aos outros. Apenas observam e sentem que o mundo só favorece aos outros. São vítimas do sistema.

Para fazer alguma diferença na própria vida, o primeiro passo é saber o que se quer, seja um bem material, um relacionamento afetivo ou social, o reconhecimento e a fama, a realização profissional etc. Listar todos estes desejos ou necessidades é uma maneira prática de colocar em planos de açõesos pensamentos.

É preciso pensar, mas também, planejar e depois agir. Algo como encontrar seus motivos de sucesso, servir como um imã para atrair estes motivos (estar receptivo para que estes motivos aconteçam) e praticar a atitude positiva de realização destes motivos.

A fórmula é simples, mas sua execução depende de mudar velhas crenças ehábitos. Você está preparado(a) para isso? Como escreve Michael J. Losier, no livro "A Lei da Atração": peça, acredite e receba. Eu complemento: olhe para si mesmo, acredite em seus sonhos e ponha em prática tudo aquilo que você acredita. Não tem mágica, muito menos sensacionalismo, apenas motivação, atitudes e o correto uso da lei da atração. Sucesso!
Rogerio Martins
Picture by Akira Kaede

26 de abr. de 2008

Going into the Light - human soul


What was expected to be routine heart surgery made religious and medical history, when a photographer took a picture of the patients etheric body that contains the spirit and soul leaving her body as she passed from this earth plane.
The dramatic photo clearly shows a glowing and angelic looking spirit rising up off the operating table as the line on Karin Fischer's heart monitor went flat at the moment of her death, and while nobody in the operating theatre actually saw this manifestation as the 32 year old left her physical body behind on the operating table, scholars, clergymen and the Vatican itself are hailing the photo as the most dramatic proof of life after death ever.
This is it. This is the proof that true believers the world over have been waiting for, " Dr. Martin Muller, who has conducted an extensive study of the picture told reporters in Frankfurt, Germany. Human beings really do have souls that live for eternity after the flesh grows weak and dies." This picture is not only a sign and a revelation, its a confirmation of the Bible, continued the biblical scholar. " And in that regard, it might be the most important picture ever taken." The mind numbing drama unfolded when Karin Fischer entered Holy Heart Hospital for surgery to correct the defective heart valves she was born with.
Dr. Walter Springer said he knew the operation would be tricky, but he never dreamed that the woman's heart would stop beating just 45 minutes into the procedure- never to start again. Oddly enough, not one of the twelve doctors, nurses and technicians in the operating theatre saw the glowing spirit leave the woman's body, apparently because it was not visible to the naked eye.But as a matter of routine the procedure was photographed by the hospitals director of education, Peter Valentin, who found a single picture of the spirit phenomena 72 prints that were made.
I thought someone in the photo lab was playing a trick on me, so I went down and asked them," what the heck was going on?", said Valentin "they didn't know what I was talking about.So I got in touch with a photo expert who studied the picture and negative and assured me that they hadn't been altered in any way. " At this point, I showed the picture to the priest here at the Holy Heart. The first thing out of his mouth was " Father in Heaven- this is a human soul!"At the insistant of the priest, Valentin sent copies of the photograph to clergymen and scholars throughout Europe.
Pope John Paul 2nd is said to have requested a copy for Vatican analysis, and while there has yet to be an official announcement, Vatican sources say the Pope will release a statement confirming that the picture of the soul is authentic."The photo has been the focus of intense study and debate for several weeks now and the consensus of both scholars and clergymen is that it is indeed authentic", said Dr. Muller.
That's not to say that there are not sceptics because there are, he continued. The problem with their position is that they can offer no alternative explanations for the glowing image on the picture. In fact their are no alternative explanations.You either except the image in faith..... or you reject it. There is no in-between..

O problema do caipira


O caipira entrou no consultório e meio sem jeito foi falando:

-Doutor, o negócio não sobe mais. Já tomei de tudo quanto foi chá de pranta mas não sobe mais mesmo.
-Ah não, meu amigo. Vou te passar um medicamento que vai deixar você novo em folha. São cinqüenta comprimidos, um por dia.
-Mas doutor, eu sou um homem simples da roça. Só sei contar até dez nos dedos e mais nada.
-Então você vai numa papelaria, compra um caderno de cinqüenta folhas. Cada folha um comprimido Quando o caderno acabar você já vai estar curado. A receita está aqui.
-Brigado doutor. Vou agora mesmo comprar o tal caderno.
E logo que saiu do prédio avistou de fato uma papelaria ali perto.
Entrou, a moça veio atender.
-Eu precisava de um caderno de cinqüenta fôia.
-É brochura?
-Médico fio da puta. Já andou espaiando meu pobrema por aí.

Eleição presidencial


Graças a Deus que só um deles pode ganhar!
Adesivo que fez sucesso durante a disputa presidencial Kennedy e Nixon

Opiniões


Ter opiniões definidas e certas, instintos, paixões e caráter fixo e conhecido - tudo isto monta ao horror de tornar a nossa alma um fato, de a materializar e tornar exterior. Viver num doce e fluido estado de desconhecimento das coisas e de si próprio é o único modo de vida que a um sábio convém e aquece.
Fernando Pessoa
Picture Judith Babcock

Almas alegres


O mundo é extremamente interessante para uma alma alegre.
Alexandra Stoddard
Picture by William Adolphe Bouguereau

Você é o que você come

Quando o francês Jean Anthelme Brillat-Savarin cunhou, em 1825, a expressão "diga-me o que comes e eu te direi o que és", referia-se, sobretudo, aos prazeres de uma boa refeição.

Em seu tratado de gastronomia A Fisiologia do Gosto, a primeira obra sobre a relação do homem com a comida, ele dizia que a elaboração de um novo prato causava mais felicidade à espécie humana do que a descoberta de uma estrela.

Pouco mais de um século depois, na década de 1950, o sabor de uma boa refeição ganhou um tempero de culpa com a descoberta de que a gordura, em excesso, trazia malefícios à saúde.

De lá para cá, uma série de estudos vem contribuindo para medicalizar o pão (e a carne, e a massa, e o doce) nosso de cada dia. Para o bem e para o mal. Alguns alimentos passaram a ser vistos como venenos e outros, como remédios.

Entre os dois extremos, está você, fazendo a conta de quantas calorias vai ingerir no almoço, imaginando se suas artérias entupirão de vez com a feijoada programada para o sábado e pensando se, afinal de contas, não seria melhor evitar beber o quinto copo de vinho tinto da semana. É claro que as descobertas de médicos nutrólogos e nutricionistas são para ser levadas a sério. Mas não é igualmente evidente que elas não devem servir para criar neuroses.

Você é, sim, o que você come – desde que entenda que, quando nos sentamos à mesa, o fazemos por motivos que vão além da nutrição pura e simples.
Entre eles, degustar iguarias, compartilhar um grande momento com os amigos, participar de rituais e cerimônias familiares e até explorar novas culturas (mesmo que isso signifique não ultrapassar os limites de um frango xadrez).
Tudo isso se perde quando você começa a encarar uma refeição como uma ida à farmácia. Qual a saída?
Ter uma dieta equilibrada – em qualidade e quantidade. Tão equilibrada que lhe dê a chance de, vez por outra, cometer alguns "crimes" nutricionais. "A manutenção da saúde deve ser uma conseqüência, e não o único objetivo do ato de comer bem", diz o americano Michael Pollan, autor do livro In Defense of Food (Em Defesa da Comida), que está na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times.

Pollan está certo, mas é um radical, digamos, livre demais. Ele chega a afirmar que "a nutrição está na mesma posição que a cirurgia no século XVII: é uma ciência jovem e promissora, da qual você não quer ser a cobaia". Menos, Pollan. Repita-se que não se trata de jogar no lixo as descobertas feitas ao longo do último meio século. Já está provado que, das dez doenças que mais matam no mundo, cinco estão diretamente associadas a uma dieta de má qualidade: obesidade, infarto, derrame, diabetes e câncer – sobretudo o de mama, o de próstata e o de intestino. "Quem quer que seja o pai de uma doença, a mãe foi uma dieta deficiente", diz o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

Não é preciso ser um freqüentador compulsivo de spas de emagrecimento para perceber que basta uma semana de alimentação regrada, frugal e saudável para o organismo funcionar melhor. O hálito melhora, o cabelo fica mais sedoso, a pele mais viçosa. Surge o ânimo para acordar mais cedo e, por que não, fazer inclusive uma caminhada. "A boa alimentação favorece o metabolismo, o sono e a regularidade do intestino e controla os radicais livres, as moléculas responsáveis pelo envelhecimento celular", diz a nutricionista Cristina Menna Barreto, de São Paulo.

Até o nosso humor pode ser modulado pela alimentação. Certos nutrientes têm efeito direto sobre a produção ou a inibição de determinados neurotransmissores, responsáveis pelas oscilações do estado de espírito. "Uma pessoa que acorda, toma uma xícara de café e não come nada até a hora do almoço tem maior probabilidade de ficar com o humor azedo", diz o nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, de São Paulo. Existem, ainda, estudos que mostram a relação entre deficiência de ácido fólico e depressão.
E uma pesquisa publicada recentemente no British Journal of Psychiatry indica que o uso de determinados suplementos nutricionais reduz a ocorrência de problemas de comportamento – entre eles a agressividade.

Muitos dos alimentos hoje demonizados foram essenciais para a evolução do homem. O consumo de carnes vermelhas garantiu a sobrevivência de nossos ancestrais em tempos de escassez de comida. Estocada sob a forma de tecido adiposo, a gordura animal representava a principal fonte de energia do pessoal das cavernas. Também se devem à dieta carnívora as proteínas que permitiram ao homem, entre outras coisas, criar o alfabeto, fabricar papel, inventar a tipografia e escrever livros que condenam... a carne.
No século XVI, a inclusão da batata, tubérculo oriundo da América, no cardápio europeu possibilitou o ganho calórico que resultaria na Revolução Industrial. Mas nossos antepassados obtinham do mel e das frutas a quase totalidade do açúcar que constava de sua dieta. O doce vilão, que está na origem dos distúrbios metabólicos mais nocivos, não era onipresente como hoje.
No entender de pesquisadores da história da alimentação, o gatilho para a epidemia de obesidade dos Estados Unidos, que se alastrou pelo mundo, foi justamente um açúcar: o amido de milho. "A adoção do milho é o fenômeno alimentar mais importante – e preocupante – da modernidade", diz o historiador Henrique Carneiro, autor do livro Comida e Sociedade.
Dessa substância são fabricados os adoçantes e xaropes presentes em boa parte dos produtos industrializados, como os refrigerantes.
Anna Paula Buchalla

25 de abr. de 2008

As boas e as más


Boas meninas vão para o céu.
As más vão para qualquer lugar.
Helen Brown

Como 3 meses podem parecer uma eternidade



Ele vinha sentindo fortes dores.
Foi a vários médicos, nada de descobrirem o que era...
Foi aconselhado a procurar o melhor especialista.
Depois de todos os exames possíveis, o diagnóstico não deixava dúvidas.
- Você tem um câncer incurável, raríssimo.
- O senhor tem certeza doutor?
- Tenho, só posso lhe garantir mais 3 mêses de vida! Mas vou lher dar um conselho: mude-se agora mesmo com sua sogra para Jeceaba!
- Mas porque doutor, que conselho estranho. Isto vai me curar?
- Curá-lo não vai não, mas você verá como estes 3 meses custarão a passar e parecerão uma eternidade.
Caro leitor, a semana está passando rápida demais? Convide sua sogra para uns dias na sua casa.

A mentira


Quanto maior a mentira, maior a chance de todos acreditarem nela.
Adolf Hitler

A loucura e a razão


A loucura é o sonho de uma pessoa. A razão é, sem dúvida, a loucura de todos.
André Suarès
Picture by Hieronymous Bosch

Solistas


Se todos se empenharem em ser solistas, nunca será possível formar uma orquestra.
Robert Schumann

“Quem tem amigos não fica louco”


Nossa vida é impensável sem relacionamentos, e o homem é um ser relacional. Viver é relacionar-se, e quanto mais competência temos no lidar com as pessoas mais felizes somos. As relações suprem nossas necessidades de afeto, de inclusão, de amar e sermos amados, de brincar e de partilhamento.

Daí a importância da amizade no nosso equilíbrio emocional. Os gregos diziam que quem tem amigos não fica louco, e é verdade, a amizade é altamente terápica.

Com o amigo falamos de nossas intimidades, dos nossos sentimentos, alegres ou tristes, dos nossos problemas e dos nossos sonhos. Amigo é aquele que fica alegre com a alegria do outro e isto é difícil já que vivemos numa sociedade altamente competitiva. Ficar triste com a tristeza de alguém é fácil, difícil é vibrar com o sucesso do amigo. E as separações? Em tudo o que é vivo está implícito a possibilidade da morte. Em todo amor existe a possibilidade do abandono. Muitas amizades se desfazem e quando isto acontece é natural o pesar, a tristeza.

Evitar o envolvimento com as pessoas por causa disto é o mesmo que não querer viver porque vamos morrer. Uma das condições para sermos felizes é a capacidade de viver intensamente cada relacionamento no momento presente. A vida é para ser vivida e não para ser conservada. Resumindo, a instituição da amizade é sagrada na nossa vida, conquanto nos ajuda no caminho do auto-conhecimento, no crescimento enquanto pessoa e nos faz felizes. O prazer de partilhar a alegria com os amigos cria base para uma vida celebrativa, lúdica e amorosa.
“Quem tem amigos não fica louco”.
Antônio Roberto

Confissões íntimas de um infiel resignado


Escrevo estas linhas sentado na sala de leituras de um albergue para peregrinos em Haridwar, uma cidade sagrada às margens do rio Ganges, no norte da Índia. Aqui se encontra o túmulo de Anandamayi Ma, uma santa de Bangladesh que viveu no século passado.

Ela era uma mulher linda, profundamente iluminada, de gestos e palavras puros e comoventes. Seus milagres inspiraram a vida de milhões de pessoas, inclusive de Mahatma e Indira Ghandi.

Aqui encontro um guru (mestre), Swami Vijayananda, um monge que foi encarregado por Anandamayi Ma de guiar os fiéis estrangeiros. Ele é um velhinho lindo e fascinante, muito amigo, engraçado, inteligente e carinhoso.
Todos os dias, às quatro e meia da tarde, grupos de peregrinos, quase sempre franceses com ar de bonzinhos alternativos, fazem um círculo em torno de Swami Vijayananda para ouvir suas palavras.

Mas eu confesso: para mim o maior atrativo desses encontros são os doces deliciosos que a francesada põe na roda. São marrons-glacês, pralines e bombons caríssimos, produzidos por chocolatiers tradicionais de Lyon ou Lille.
Enquanto Vijayananda explica a importância da meditação diária, não paro de rezar para que ele decida abrir novamente a caixa de chocolate e mandar ver uma outra rodada de trufas. Ontem, para combater meu profundo agnosticismo, Vijayananda recomendou que eu fosse ao templo de manhã bem cedo ouvir as preces.

Segundo ele, talvez um lugar impregnado pela fé de milhões por tantos anos despertasse em mim uma nova possibilidade espiritual. Tive boa vontade. Fui ao templo, cruzei as pernas, fechei os olhos e comecei a pedir a Deus que viesse a mim. Mas fui distraído por uma irritante coceira no pé. Quando comecei a me concentrar novamente, uma indiana gostosíssima, dessas que param o trânsito e interrompem mantra, entrou no templo e se ajoelhou do meu lado. Daí por diante foi tudo por água abaixo. Em vez de meditar, comecei a sonhar com o curry do almoço e a pensar na dança do Créu.

Desisti da epifania e fui checar meus e-mails concluindo pela milésima vez que, apesar dos meus esforços, meu sentimento religioso não vai além de uma pura e simples curiosidade antropológica. Como diria Millôr Fernandes, “graças a Deus, sou ateu”. Adoraria acreditar em santos e milagres, rezar, meditar, levitar, fazer comunhão, ler a Torah, comer hóstia, acender velas e entrar em transe. Talvez me sentisse muito mais livre de minhas prisões e menos aterrorizado com o mundo.

Sem conseguir crer, por que não abraçar o racionalismo ateísta tão em voga, encabeçado pelo cientista inglês Richard Dawkins? Mas não é ele uma outra forma de fé, um contrário árido, apoético, tão chato e cego quanto todos os fundamentalismos religiosos?
Quero ir a todas as Fátimas, Jerusaléns, Mecas, Vaticanos e Dharmsalas. Quero manter o coração e a cabeça abertos para todos os mistérios. Quero poder achar graça de tudo. Quero dormir um sono delicado e quero acordar continuando a querer. Talvez me baste saber que algumas perguntas não têm resposta.
Henrique Goldman

24 de abr. de 2008

Canção para Henrique


Desde quando eu te vi
Tudo ficou mais lindo:
A rua, a lua, o sol no céu luzindo.
Olhando teu olhar,
Ouvindo a tua voz
Chego a não crer,
A me surpreender, feliz, sorrindo.
Estrela singular
Da luz do amor nascida.
Antieclipse lunar da minha vida.
A cada passo teu
Segue meu coração,
Por entre os móveis,
Calçadas, parques e avenidas.
Viva cada instante, viva cada momento,
Proteja da razão teu sentimento.
Tente ser feliz enquanto
A tristeza estiver distraída.
Conte comigo
A cada segundo dessa vida.
E o tempo vai passar
Ao longo dessa estrada.
Novas estórias lhe serão então contadas.
E você vai crescer,
Sonhar, sorrir, sofrer
Entre vilões, moinhos, dragões e poucas fadas.
Toquinho


Dedicado ao querido filho Henrique em seu aniversário de 13 anos. Que nosso Mestre Supremo, com sua bondade infinita, ilumine as escolhas da tua jornada. Auxiliando-te a trilhar sempre o caminho da luz, com retidão e alegria. Continue sendo este filho maravihoso! Conte comigo sempre que precisar. Muitas felicidades neste seu dia, é o que desejam de coração: eu, Rejane e seu irmão Biel.

O entusiasmo


O entusiasmo é a maior força da alma.
Conserva-o e nunca te faltará poder para conquistar o que desejas.
Napoleon Hill
Picture by Charles Schulz

A liberdade


A liberdade não consiste somente em seguir a própria vontade, mas às vezes também em abandoná-la.
Abe Kobo
Picture by Boldini

Não reproves...


Não reproves antes de teres examinado; indaga primeiro, depois julga.
Eclesiastes 11, 7
Picture by El Greco

O equilíbrio de nossa felicidade


A felicidade não passa, afinal de contas, de um certo sutil equilíbrio entre o que a gente é e o que tem.
J. H. Denison
Picture by Frederic Clay Bartlett

Ociosidade


Um erro sem dúvida bem grosseiro consiste em acreditar que a ociosidade possa tornar os homens mais felizes: a saúde, o vigor da mente, a paz do coração são os frutos tocantes do trabalho.

Só uma vida laboriosa pode amortecer as paixões, cujo jugo é tão rigoroso; é ela que mantém nas cabanas o sono, fugitivo dos grandes palácios. A pobreza, contra a qual somos prevenidos, não é tal como pensamos: ela torna os homens mais temperantes, mais laboriosos, mais modestos; ela os mantém na inocência, sem a qual não há repouso nem felicidade real na terra.

O que é que invejamos na condição dos ricos?
Eles próprios endividados na abundância pelo luxo e pelo fasto imoderados; extenuados na flor da idade por sua licenciosidade criminosa; consumidos pela ambição e pelo ciúme na medida em que estão mais elevados; vítimas orgulhosas da vaidade e da intemperança; ainda uma vez, povo cego, que lhe podemos invejar?

Consideremos de longe a corte dos príncipes, onde a vaidade humana exibe aquilo que tem de mais especioso: aí encontraremos, mais do que em qualquer outro lugar, a baixeza e a servidão sob a aparência da grandeza e da glória, a indigência sob o nome da fortuna, o opróbrio sob o brilho da posição; aí veremos a natureza sufocada pela ambição, as mães separadas dos seus filhos pelo amor desenfreado do mundo, os filhos esperando com impaciência a morte dos pais, os irmãos opostos aos irmãos, o amigo ao amigo: aí o interesse sórdido e a dissipação em vez dos prazeres; o despeito, o ódio, a vergonha, a vingança e o desespero sob a máscara falsa da felicidade. Onde reina tão imperativamente o vício, nunca é demais repeti-lo, não creiamos que a tranquilidade de espírito e o prazer possam habitar.
Luc de Clapiers Vauvenargues

A existência


A verdade acerca do mundo, disse ele, é que tudo é possível. Não fosse o caso de vocês se terem habituado desde a nascença a ver tudo aquilo que vos rodeia, esvaziando assim as coisas da sua estranheza, e a realidade surgiria aos vossos olhos tal como é, um truque de magia num número de ilusionismo, um sonho febril, um transe povoado de quimeras sem analogia nem precedente imaginável, um carnaval itinerante, um espectáculo de feira migratório cujo derradeiro destino, depois de montar a tenda tantas e tantas vezes em tantos baldios enlameados, é tão indescritível e calamitoso que o espírito humano não consegue sequer concebê-lo.

O universo não é uma coisa limitada e a ordem que o rege não tem peias que, tolhendo-lhe os desígnios, a forcem a repetir noutro lugar qualquer o que já existe num dado lugar.
Mesmo neste mundo, existem mais coisas que escapam ao nosso conhecimento do que aquelas que conhecemos e a ordem que os nossos olhos vêem na criação é a ordem que nós lá pusemos, qual fio num labirinto, para não nos perdermos. É que a existência tem a sua própria ordem e essa nenhum espírito humano consegue abarcar, sendo esse espírito apenas mais um fato entre tantos outros.
Cormac McCarthy
Picture by Ritch Gaiti

23 de abr. de 2008

Anúncio da Mikaela


Mikaela - Lindíssima, irresistível, seios fartos, bumbum de ouro, corpo escultural, nível universitário, poliglota, educadíssima, super-carinhosa.
Tenho tantas qualidades que nem sei porque é que fui virar prostituta.
Anúncio publicado em jornal

Focar as bençãos


Reflita sobre suas bençãos presentes pois todo homem as têm; não pense nos infortúnios passados, que todo homem também tem.
Charles Dickens
Picture by Blair Bruce

Sementes da verdade


Luta mental significa pensar contra a corrente, e não com ela.
Os que nos cabe é furar balões de gás com alfinete e descobrir as sementes da verdade.
Virginia Woolf
Picture by William Chadwick

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